- Capítulo 4 -

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Qualquer pessoa no meu lugar entraria em pânico se estivesse naquela situação, quando eu tentava me mexer as amarras em meus pés se apertavam mais e eu não conseguia esconder a ansiedade em meus olhos voltados para as mãos do Marvyn que apontava aquele negócio na direção das minhas pernas.

Nesse curto intervalo em que eu me concentrava em não entrar em despero naquela situação eu senti a primeira chicotada na lateral da minha coxa, eu reagi com um pequeno pulo balançando meu corpo preso às correntes.

— Você se atrasou aquele dia porque teve que ir correndo pra sua casa nova não foi?

"Perguntou ele.

— Foi.
Respondi com a voz baixa ainda um pouco assustada.

— RESPONDEE DIREITO!

"Ele berrou me assustando mais ainda.

— Foi, Foi sim... foi isso mesmo Marvyn.

Depois que ele me fez repeti a mesma coisa várias vezes até se convencer que eu tava falando a verdade ele chamou o Luis para participar.

— Pega Luiz, sua vez...

Ele continuou me fazendo perguntas sobre o que eu tinha escondido dele, e o Luiz era responsável por ficar me batendo com o Chicote, até que ele viu que aquilo não estava funcionando como ele imaginava.

Depois de um tempo eu já não reagia mais as chicotadas pois o Luiz não tinha a mesma agressividade do Marvyn, nesse momento ele mandou o Luiz sair do quarto e pegou o Chicote da mão dele.

— Isso não vai funcionar com você né Luna?
Acho que sei como resolver isso.

"Disse ele.

Ele começou a me acariciar estranhamente com as mãos, por trás de mim ouvi quando ele abriu o zíper da calça e logo em seguida vendou meus olhos com sua camiseta.

— Acho melhor mudarmos o método de tortura.

"Sussurrou ele apertando o nó da camisa pós trás da minha cabeça.

Por mais que meus braços já estivessem queimando levantados ali naquela posição, o meu corpo começou a ficar mais sensível aos toques dele já que eu não estava vendo nada, a minha pele se tornou meus olhos naquele momento e era claramente essa a intenção dele.

Ele deslizou uma de suas mãos pelas minhas costelas até a minha barriga.

O frio tomou conta do meu corpo e eu sentia o calor dele em minhas costas.

Sua mão foi subindo até tocar um dos meus seios e a outra mão se estreitava entre as minhas pernas até eu sentir seus dedos encostarem nos lábios da minha vagina, o peso de todo meu corpo desabou com aquilo, ele roçava seus longos dedos em meu clitóris e apertava meus mamilos.

Era impossível conter os gemidos, atrás de mim ele parecia focado em me estimular daquela maneira e sabia que eu logo suplicaria para ele me soltar e me fuder bem ali, deitei minha cabeça para trás encostando em seus ombros e  ofegante falei em voz baixa.

—  Marvyn... O que acha de me soltar agora?

— Não, ainda não estou satisfeito.

"Respondeu ele firmemente.

Aqueles estímulos se prolongavam em minutos e eu já exalava um vermelhidão em meu corpo de tanto tesão que eu estava.

Meu gemidos eram suplicas, minha pele queimava por baixo e meu suor ensopava a camisa que cobria meus olhos escorrendo em meu corpo, e aos poucos ele foi diminuindo os movimentos e logo eu já não sentia mais a sua respiração em minha nuca.

— Marvyn?

"Eu o procurava em meio ao silêncio.

Tentei olhar por baixo da venda erguendo a cabeça para trás mas era impossível pois o quarto era escuro e ele estava quieto tramando algo.

Eu só me preparava para o pior, e sentia os meus braços adormecerem devido o tempo que já estavam levantados e amarrados aquelas correntes.

— Marvyn? Me tira daqui por favor.

"Eu implorava.

— Eu não vou mentir mais, eu juro.

"Falei com a voz trêmula de choro.

E de repente ele me pega desprevenida com uma chicotada extremamente forte em minha bunda, o barulho da pancada ecoou pelo quarto escuro, o meu choro veio junto com a dor que subiu queimando pelas minhas costas.

— Da próxima vez que você me esconder algo, eu vou deixar você presa aqui sozinha por dias, Entendeu?

"Perguntou ele levantando meu rosto com as mãos.

Depois que ele me libertou eu finalmente poderia voltar pra casa. Bom, pelo menos era pra onde eu achava que estava indo.

Quando ele me levou para o carro eu juro que só apaguei no banco de trás e não percebi o caminho que ele estava seguindo, o barulho dos carros e os flaches das luzes da cidade penetravam a janela e me fizeram adormecer profundamente.

Horas depois ouvi um barulho na parte de fora do carro, estávamos parados na casa dele e o barulho que havia me despertado era ele colocando algumas coisas no porta-malas, em seguida deu a volta entrou no carro e percebeu que eu tinha acordado.

— Que bom que acordou, vou fazer uma parada pra comer alguma coisa antes de seguirmos.

— Seguir pra onde?

"Perguntei sonolenta.

— Vamos para São Diego, preciso que você conheça uma pessoa.

— O QUE? Eu não vou não!

"Exclamei.

— Relaxa, vai ser divertido... não é você que sempre fala em viajar.

— Mais eu nem fiz minhas malas Marvyn.

— Quanto a isso não se preocupe, eu passei no seu apartamento e peguei suas coisas.

— Ah Merdaa!

Soltei o ar furiosa e desabei deitando novamente no banco.

Fiquei imaginando o quão chato poderia ser aquela viagem, liguei o celular para enviar algumas mensagens para Hendra, mas ela estava off desde a última hora do colégio.

Mesmo assim deixei um recado para ela, sempre nos comunicavamos por emojis como uma espécie de código só nosso, eu mandei para ela uma carinha de tédio junto com um avião e uma maozinha se despedindo.

Como eu não sabia pra onde o louco do Marvyn ia me levar dessa vez eu me preocupei em avisá-la, já que dessa vez meu sumiço era por tempo indefinido e ela era a única pessoa que se importaria caso eu desaparecesse.

Onde As Rosas Não Existem Onde histórias criam vida. Descubra agora