𝐁𝐑𝐎𝐊𝐄𝐍. bangchan

29.

Acordei suando, segurando firmemente uma mão. Parecia um distante sonho, mas tinha certeza de que estava acordada; eu tinha que estar

— Haewon, acorde.

Foi uma força para abrir meus olhos, mas eu consegui. Parecia que eu tinha dormido por horas.

Chan estava parado na minha frente, com lágrimas nos olhos, mas eu podia sentir que havia algo maior acontecendo. Ele estava acordado, ele estava bem, era tudo em que eu conseguia pensar, então tentei correr até ele, mas uma mão que eu ainda segurava com força me parou de repente. Então tudo se afundou um pouco mais e eu vi Hyunjin parado ao meu lado, não soltando minha mão.

— Hyunjin, me solte.

— Não. — Ele disse claramente e eu vi um lado dele que ainda não havia encontrado.

— Estou tão confusa. — Eu murmurei ainda me sentindo em um estado de sonho.

— Haewon, ele é perigoso.

Então tudo ficou preto novamente.

[...]

A próxima vez que acordei, estava deitada em minha própria cama, e a familiaridade fluiu pelo meu corpo como um conforto. Eu podia sentir o cheiro de Chan, mas podia sentir que ele não estava aqui.

— Sungmi, eu fiz o café da manhã para nós, você pode vir pegar um pouco. — Olhei para o meu relógio e vi que eram oito horas. Eu não tinha ideia de como Sungmi reagiria, mas pude ver Hyunjin na minha frente tentando me tirar da cama.

— Eu posso sair da cama sozinha. — Eu murmurei, eu poderia tentar fingir que era Sungmi, mas sabia que não duraria muito. Eu não sabia nada sobre ela, então como poderia agir como ela?

Peguei meu telefone e pude ver que o layout havia mudado novamente. Por quanto tempo Sungmi estava no controle por... Rapidamente meus olhos piscaram até a data e eu vi que um mês inteiro havia se passado e meu coração disparou. Onde estava Chan?

— Eu vou esperar por você na sala de estar então. — Hyunjin murmurou e se afastou fechando minha porta. Agora era minha chance de sair daqui, mesmo sendo minha própria casa, eu poderia dizer que Hyunjin não queria que Sungmi desaparecesse. Eu não ia deixá-la vencer esta luta. Eu tive que lutar para sobreviver.

Abri minha janela silenciosamente e me vesti com algumas roupas enquanto levava meu telefone comigo. Eu desejei que todas as minhas memórias já voltassem para mim, mas elas ainda estavam espalhadas em meu cérebro.

O único lugar que eu conseguia pensar em ir era para a casa de Jisung, então foi para lá que eu fui. Para chegar lá, eu andei e fui pelo caminho mais longo para que o Hyunjin demorasse um pouco mais para perceber que eu tinha ido embora.

Cheguei à porta da frente e bati com força, quase desesperadamente. Após dois minutos, ele destrancou a porta e enfiou a cabeça por ela. Assim que ele me viu, seus olhos se abriram em choque.