𝐁𝐑𝐎𝐊𝐄𝐍. bangchan

O5.

No dia seguinte acordei cedo e me troquei. Hoje, eu tinha trabalho de novo, então fiz um café da manhã para mim e escovei os dentes enquanto saía pela porta. Devo chegar a tempo.

Logo cheguei ao prédio familiar mais uma vez e vi que era bastante desolado e silencioso. Apenas alguns trabalhadores estavam aqui no momento esperado para esta madrugada.

— Olá, estou aqui para verificar o trabalho. — Eu disse à recepcionista e ela assentiu, me dando um livro enorme com vários pequenos colunas uma sob a outra. Depois de escrever a data e hora, eu escrevi meu nome, assinando na caixa final.

Em cima do livro, deixei a caneta que ela havia me dado e comecei a caminhar em direção ao escritório do Sr. Lee.

— Então, decidi arranjar para você seu próprio espaço de escritório, acho que você acharia isso útil.

Meus olhos se iluminaram.

— Sério?

— Sim, mas vai demorar alguns dias, então quando você vier na próxima semana, deve estar pronto para você.

— Muito obrigada! — Eu sorri e ele olhou para sua agenda na frente dele.

— Aqui está, este é o seu horário para hoje.

Olhei para baixo e vi as coisas que ele queria que eu fizesse em determinados momentos. Eu apenas olhei direto para a coluna que estava escrito “Chan”. Lentamente suspirei, era a segunda coisa que ele queria que eu fizesse. Hyunjin era mais tarde naquele dia. Mas de certa forma, eu estava secretamente me sentindo animada para ver Chan novamente. Eu queria chegar ao fundo de tudo, era tudo tão confuso.

— Onde que é essa reunião? — Eu perguntei referindo-me à primeira coisa na minha agenda. Ele me disse exatamente para onde ir e eu rapidamente saí do escritório. Ok, porta grande no corredor à direita.

Cheguei lá e abri a porta para ver algumas pessoas já lá. Uma mão me chamava para ir sentar ao lado deles. Eu sorri quando vi que era Seungmin. Felizmente, ele estava ajudando a garantir que eu não me sentisse totalmente perdida.

— Hey. — eu sussurrei enquanto me sentava ao lado dele.

— Ei, não pensei que veria você aqui ainda. — Ele sorriu.

— Sim, eu nem sei do que se trata.

Ele riu.

— Está tudo bem, nem eu. Normalmente é sobre algo desnecessário.

— Ah entendo. — Eu ri e então vi mais algumas pessoas entrarem na sala; mais pessoas que eu não reconhecia. Então eu ouvi alguém chamando o Seungmin, olhei pro lado e vi um homem vindo até nós.

— Desculpe, Jeongin, essa é a Haewon.

Eu sorri dando-lhe um pequeno aceno.

— Ele está vindo nas folgas porque está no último ano de escola. Ele tem apenas dezessete anos.

— Você está indo bem, obtendo experiência de trabalho tão cedo.

Jeongin sorriu e eu pude até ver seu aparelho aparecendo. Isso lembrou-me de quando eu costumava tê-los.

Essa pessoa entrou e ficou na frente da sala. Ele parecia ter muito poder aqui. Mas por que ele parecia tão familiar? Eu ignorei e ouvi o que ele tinha a dizer.

Após a reunião, Seungmin e Jeongin se despediram de mim e saíram da sala me deixando com meus próprios pensamentos. A pessoa que fez o discurso olhou brevemente para mim até parar o que estava fazendo com os olhos arregalados. Ele também me reconheceu?

— Posso ajudá-lo? — Eu perguntei a ele esperando que ele esclarecesse a confusão que estava tão nebulosa em minha mente. É como se algo não me deixasse lembrar.

Ele balançou sua cabeça.

— Nada, você só me lembra alguém.

— Quem..?

— Alguém... que morreu há muito tempo.

Ele olhou para seus papéis e sorriu enquanto balançava a cabeça.

— Desculpe, você deve pensar que sou louco, tenho me lembrado deles cada vez mais recentemente.

Eu balancei minha cabeça prestes a dizer algo, mas ele se virou saindo da sala, então eu realmente agora fui deixada sozinha. Por que eu não conseguia pensar em quem ele me lembrava?

Chegou a hora da segunda visita de Chan, então saí da sala finalmente e segui pelos corredores brancos em direção ao seu quarto. Eles brevemente me deram uma identificação da porta da cela vermelha, para que eu pudesse entrar no quarto de Chan.

Eles confiaram em mim então. Respirei fundo e senti uma onda de medo vindo.

— Aqui vamos nós. — Eu disse a mim mesma, então entrei e o cheiro forte dele instantaneamente me atingiu. — Chan?

— Você não pode simplesmente parar de vir? — Ele estava sentado em sua cama mais uma vez, roupas limpas colocadas nele.

— Não, este é o meu trabalho, tentar fazer você melhorar.

Ele se jogou para fora da cama e caminhou rapidamente até mim, prendendo-me contra a parede fria.

— Você não vê o dano que você já fez?

Ele ficou em silêncio por um tempo enquanto seus olhos se fechavam e eu suspirei agora sabendo o que estava por vir. Eles se abriram novamente e seus olhos eram de um tom mais escuro no qual eu agora sabia que era Christopher.

— Então você voltou. — Ele olhou para a posição em que estávamos e sorriu, movendo sua cabeça para mais perto de mim. Eu não conseguia me mexer e estava presa por seus braços que eram muito mais fortes do que a força de Chan por algum motivo. Ou talvez fosse porque Chan escolheu não usar sua força.

Sua cabeça se moveu ainda mais perto de mim, na reta final e eu não poderia dizer que não queria que isso acontecesse, mas desta vez coloquei minha mão na frente dos meus lábios. Não seria profissional da minha parte se eu fizesse isso de novo.

— Chris, volte para a cama. — Eu murmurei enquanto minha mão ainda estava em meus lábios.

— Você acha que é errado me beijar? — Ele perguntou.

— Claro que é errado, agora você é meu paciente, Chris e eu devo ajudá-lo, não piorá-lo. — Ele ficou perto do meu rosto e ficou travando os olhos em mim.

— Eu nunca quis terminar com você, você sabe disso, não sabe?

Fiquei em silêncio e senti dor por dentro. De qual eu gostei, isso foi tão confuso e doloroso para mim. Foi Chan quem terminou porque sabia de tudo isso. Parecia que havia mais personalidades em algum lugar lá no fundo, mas talvez elas tivessem ido embora para sempre.

— Chris, vá e sente-se na cama. — Ele finalmente desistiu e foi para a cama sentando nela fazendo exatamente como eu disse

— Feliz agora?

— Muito. Agora eu quero que você responda minhas próximas perguntas, com muito cuidado.