Emaranhado de Três

VI. Amor em duas portas

Capítulo seis — Amor em duas portas

Se tudo realmente acaba em sexo, então eu vou fazer valer.

— Seria mais divertido se você dirigisse — comentei, desabotoando sua calça social e logo puxando o zíper para baixo. Tateei a cueca boxer branca, querendo atiçá-lo.

— Tenho ótimo autocontrole, mas não estou a fim de bater minha Ferrari por aí — me respondeu, arfando logo em seguida.

Deslizei minha mão por todo seu comprimento com a ponta dos dedos e, em segundos, puxei a peça para baixo, vendo a cabecinha do pau com pré-gozo escorrendo. Sorri animado e comecei a masturbá-lo.

— Porra, Baekhyun — murmurou, respirando fundo. Ele, de fato, estava usando seu autocontrole para comigo.

— Isso não é necessário, meu bem — mudei meu tom de voz com ele, estava mais aveludado, mais sensual.

— O que? — Virou seu olhar para mim.

Meu Deus, esse homem é impecável — e completamente fácil de cair em pecado.

— Perca o controle, confie em mim.

Acredito fielmente que confiar em mim é a mesma coisa que se filiar a um partido cheio de candidatos corruptos, mas quando se trata de diversão, eu, definitivamente, sou a melhor pessoa.

Ele bateu a mão no rádio do carro e logo a música Under the Influence do Chris Brown começou a tocar.

Segurei seu membro pela base e subi a mão até a glande, pressionando-a com o polegar e voltando a fazer o mesmo movimento devagar, no ritmo da música.

Sem perder mais tempo, notando Sehun entregue, coloquei-o na minha boca, iniciando um oral. Ele gemeu e jogou sua cabeça para trás no mesmo instante em que minha língua quente o tocou. Eu bem sabia como dar prazer e isso era tudo que eu queria fazer naquele momento.

Fuckin' robitussin
Essa merda de droga
I don't know why this shit got me lazy right now, yeah
Não sei porque essa parada me deixou preguiçoso agora, é
Can't do percocets or molly
Não posso tomar opióides ou ecstasy
I'm turning' one, tryna live it up here right, right, right
Mas estou querendo tomar um, quero curtir isso do jeito certo, certo, certo

Subi e desci meus lábios repetidas vezes e fechei os olhos para aproveitar. Dar prazer também era prazeroso. De repente, tirei minha boca do membro de Sehun para lamber-lhe as bolas. Quando eu disse que sabia fazer um boquete até do avesso, não estava brincando. Ele gemeu ainda mais alto e agarrou meus cabelos abruptamente, com força, fazendo-me olhar para si.

— Nunca mais faça um boquete em outra pessoa se não eu ou Chanyeol — disse, praticamente me ordenando.

Por alguma razão, esse sentimento de possessividade me deixou maluco, cheio de tesão e eu voltei a chupá-lo, enfiando-o até o fundo de minha garganta como resposta.

Eu nunca tinha me sentido assim. Antes, sexo por fazer, quase todo mundo faz, mas agora... havia alguma coisa que eu não sabia. E não era só em Sehun que eu tinha sentido isso, com Chanyeol também, quando ele me beijou depois de me resgatar na noite chuvosa, de sua risada no parque de diversões, de dividirmos algodão doce e brigarmos em jogos de mira.

Eu estava mudando.

Baby, you can
Meu amor, você pode
Ride it, oh, yeah
Curtir isso, oh, sim
Bring it over to my place
Traga para minha casa
And you be like
E você vai ficar tipo
Baby, who cares?
Meu bem, quem se importa?
But I know you care
Mas eu sei que você se importa
Bring it over to my place
Traga para minha casa