Cap. 4

106 13 0
                                    


ੈ✩‧₊˚ Nanda's point of view ੈ✩‧₊˚

Meus pés batucavam inquietamente contra o chão enquanto eu esperava Safira e meu pai pagarem o estacionamento, tentando desesperadamente achar algo para me distrair em meu telefone.

O clima pesou ainda mais quando Camila avisou que iria ao banheiro, deixando apenas eu e Payton. Cada segundo parecia demorar uma eternidade e me perguntei se o universo estava de palhaçada com a minha cara.

Um silêncio ensurdecedor se fez presente e eu não podia esperar a hora de poder voltar para minha casa, desejando dormir para que aquele dia tão cansativo chegasse ao fim.

Minhas pupilas se prenderam no garoto ao meu lado ao o ouvir limpar sua garganta, parecendo escolher as palavras que diria logo em seguida.

Inconscientemente, segurei minha respiração, sentindo meu coração acelerar na ansiedade de saber o que viria.

- Não sabia que tinha voltado... - meu corpo reagiu por completo ao identificar seu tom de voz rouco. Apenas dei um meio sorriso em resposta, porém sem transmitir o mínimo de simpatia - Nem conversamos hoje, confesso que foi bem estranho quando te vi na mesa.

- Acho que não temos nada para conversar - procurei me manter neutra, a última coisa que eu queria era inflar seu ego.

O moreno engoliu em seco, fitando o chão quase que no mesmo momento. Novamente o constrangimento dominou o local, podendo ser identificado a quilômetros de distância.

Muitas perguntas rondavam minha mente e, se pudesse, faria todas naquele momento. Porém, minha dignidade falou mais alto, além de que ele não me devia mais nenhum tipo de explicação.

- Só acho engraçado que... - comecei a falar mas logo me calei, me amaldiçoando mentalmente por ter pronunciado as palavras - Deixa quieto.

Por intervenção do destino, antes que Moormeier ousasse falar mais alguma coisa e prolongar tal bate papo indesejado, a figura grisalha do meu pai se fez presente.

- Vamos, querida? - apenas concordei ao ver que papai me chamava para irmos para casa.

Me despedi de Safira brevemente, buscando ser o mais simpática que consegui, mesmo que isso estivesse sendo praticamente impossível.

Para o menino que no passado vivenciou uma história comigo, apenas o lancei um aceno singelo com minha cabeça, sendo correspondida da mesma maneira.

A imensidão cor de mel que Payton carregava em seus olhos parecia mais profunda do que de costume e foi preciso de muito esforço para que eu não me perdesse ali mesmo.

Infelizmente memórias antigas dominaram minha cabeça e relembrei o conforto que suas pupilas me traziam, me deixando totalmente desnorteada.

Malditas borboletas deram sinal de vida ao recordar a maneira, que eu pensava ser sincera, que Payton me olhava à 6 meses atrás, parecendo querer guardar meus detalhes em sua mente.

Antes que eu ficasse ainda mais nostálgica e não conseguisse mais controlar minhas emoções me forcei a expulsar tais pensamentos, me xingando de todos os palavrões que eu sabia.

Minha visão captava as ensolaradas duas da Flórida, a música que saia do rádio era tão baixa que não era possível identificar sua melodia.

Meu coração estava submerso em angústias e as lágrimas pareciam insistir em sair cada vez mais, porém minha respiração conseguiu controla-las, pelo menos até chegarmos em nossa residência.

Quando o carro parou no sinal, o olhar do meu pai queimava sobre a minha pele e eu rezei para que ele não pronunciasse nada sobre o todos os acontecimentos.

Mas eu sabia que ele me conhecia muito bem, tendo consciência que eu não estava tão bem como eu tentava demonstrar.

- Filha, eu sei que você pode estar sentindo um turbilhão de emoções e... - Christian não consegui completar sua fala pois eu o interrompi.

- Você acertou em cheio, pai! É exatamente isso que eu estou sentindo! Você acha que é fácil voltar para casa depois desse tempo longe, tendo minhas próprias preocupações com a faculdade e meu futuro? - as palavras corriam de minha boca, sendo impossível pará-las - Não fazem 24h que eu voltei e você já quer me empurrar sua nova namorada e a família dela? Além de que eu não preciso citar o fato da filha daquela mulher estar namorando o meu ex.

Foi preciso que eu puxasse o ar lentamente para os meus pulmões para tentar manter o fim da calma que me salvava.

O silêncio reinou dentro do veículo após o meu desabafo não intencional, mas era preciso que eu falasse tudo o que estava sentindo ou iria explodir.

- Caramba pai, não tinha como ter esperado pelo menos uma semana? - um suspiro escapuliu de meus lábios, tendo minha visão turva por causa das lágrimas - Você não pensou que eu gostaria de ter um tempo para assimilar tudo? Minha saída daqui foi por causa de uma tragédia, não está sendo fácil voltar.

- Caramba pai, não tinha como ter esperado pelo menos uma semana? - um suspiro escapuliu de meus lábios, tendo minha visão turva por causa das lágrimas - Você não pensou que eu gostaria de ter um tempo para assimilar tudo? Minha saída daqui foi po...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Oi gente, tudo bom?!
#desabafou!
Perdão se tiver algum erro, não revisei antes de publicar
Esse capítulo ficou um pouco mais longo 😶
Não esqueçam de avaliar e comentar oq estão achando

- xoxo, gg

The babysitter 2 - Payton Moormeier Onde histórias criam vida. Descubra agora