Titanic (Versão HashiMada)

14.04.1912 (parte 2)

Naquela noite fria, o Titanic, mesmo com os motores revertidos e tentando desviar do iceberg, não consegue evitar o impacto. O navio colide lateralmente com a colossal pedra de gelo, produzindo um estrondo ensurdecedor que ecoa por todo o convés. O impacto é poderoso, o chão treme sob os pés de todos a bordo. O coração de Hashirama dispara enquanto ele agarra com firmeza a cintura de Madara e o afasta dali, evitando que o amado seja atingido por pedaços de gelo que se espalham pelo convés. Elas caem causando estragos e espalhando destroços do próprio gelo ao redor. Notando que o navio continua a esbarrar no iceberg por baixo da água a julgar pelo tremor, o primogênito quer apenas manter Madara a salvo e para isso ele o puxa para a outra extremidade do navio, para uma área onde estão relativamente protegidos das pedras de gelo que seguem caindo ao seu redor. Suas mãos estão entrelaçadas, seus olhares se encontram e o mais velho pode ver um certo receio tomar conta do olhar sempre tão esperançoso de Madara.

Após o turbilhão de emoções causado pela colisão, o Titanic começa a se afastar do iceberg, continuando sua jornada em meio às águas gélidas do oceano. Hashirama e Madara, ainda abalados pelo que presenciaram e preocupados se isso fora algo grave ou não para o colossal navio, decidem deixar a área protegida onde se abrigaram. Com cuidado e atenção, eles se deslocam pelo convés, evitando os destroços que se acumularam após a colisão. Cada passo é calculado, pois o navio agora navega em um ritmo mais lento, como se estivesse cauteloso diante dos perigos ocultos no mar.

O vento sopra frio, carregando o aroma salgado do oceano e a sensação de umidade que penetra suas roupas. O casal aperta mais suas mãos, buscando conforto e calor mútuo diante das incertezas que pairam no ar. A escuridão da noite é pontuada apenas pelas luzes do navio, que brilham timidamente em meio ao vasto oceano.

No caminho, ambos observam uma nova movimentação agitada entre os membros da tripulação. Curiosos, decidem se aproximar para descobrir o motivo de tanta agitação. Ao se aproximarem de um grupo de marinheiros, conseguem captar fragmentos de uma conversa acalorada. Os murmúrios e sussurros ecoam pelo corredor estreito, e eles se esforçam para ouvir cada palavra enquanto seus corações estão acelerados com a possibilidade de ouvir más notícias, a julgar pelo tom que eles conversavam entre si e agitavam as mãos e as cabeças em preocupação, só podia ser notícia ruim.

Os olhos de Hashirama se estreitam e as sobrancelhas de Madara se franzem ao ouvirem os marinheiros mencionarem avarias no navio. As palavras "danos", "decks inferiores" e "inundação" são proferidas, fazendo suas expressões se tornarem ainda mais tensas. Um marinheiro com uniforme sujo e rosto cansado menciona que as comportas foram fechadas para conter a água que invadia os compartimentos inferiores. A preocupação é evidente em sua voz e gesto, transmitindo a seriedade da situação. Senju e Uchiha se olharam após captar essa conversa, eles trocam olhares preocupados. O que começou como uma viagem cheia de promessas e expectativas agora se torna um desafio perigoso, com o navio enfrentando problemas imprevistos no meio do oceano.

Com a informação sobre os problemas a bordo do Titanic pesando em suas mentes, Hashirama sente um senso de urgência em avisar Butsuma sobre a situação perigosa que se desenrola no navio. Ele sabe que é crucial estar preparado para qualquer eventualidade e mesmo apesar de tudo que seu pai lhe fez nessa viagem, e pelo que descobriu o que ele fazia às escondidas quando chegava tarde em casa, era seu dever avisá-lo, afinal, ainda assim Butsuma é e sempre será seu pai.

Com a determinação estampada em seu rosto, Hashirama agarra firmemente a mão de Madara e olha em seus olhos com seriedade. —Vamos, Madara—, diz Hashirama com firmeza. —Precisamos encontrar meu pai e informá-lo sobre o que está acontecendo. É importante que ele esteja ciente da situação e tome as medidas necessárias.