15.04.1912 e além...

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ATENÇAO!!! TEM NOTAS FINAIS, NÃO ESQUEÇA DE VER LÁ. 

Boa Leitura  =D


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— Olá!!! — Um dos oficiais da tripulação gritou enquanto a escuridão cobria o mar gelado, ele estava no primeiro bote salva-vidas que retornava lentamente ao local onde muitos haviam sido deixados para trás, enfrentando sozinhos o frio implacável e as águas traiçoeiras. À medida que se aproximava, o homem empunhando uma lanterna começou a fazer uma varredura cuidadosa pelas águas calmas e escuras em busca de sobreviventes. A luz da lanterna dançava na superfície do oceano, lançando sombras sinistras sobre os destroços flutuantes. O oficial examinava atentamente cada colete salva-vidas à deriva com seus respectivos donos neles, buscando algum sinal de vida e afastando-os com delicadeza do bote para que não acabassem passando por cima dos corpos inertes e congelados pelas águas frias do Atlântico. — Alguém está vivo aí? De um sinal! — Gritou o homem mais uma vez e tudo que ouviu foi o eco de sua voz.

O silêncio pesava sobre o mar, interrompido apenas pelo suave ruído das ondas e o crepitar distante dos destroços que continuavam afundando mesmo após ter passado mais de uma hora do naufrágio. O oficial avançava com cuidado, seu olhar fixo na escuridão, determinado a encontrar qualquer sinal de vida entre o desastroso cenário em que estava, onde parecia um verdadeiro cemitério em alto mar. O oficial sentia o peso da responsabilidade em seus ombros, sabendo que o tempo era precioso e que cada segundo poderia significar a diferença entre a vida e a morte. Seus olhos percorriam a vastidão escura do mar, esperando encontrar um rosto, um movimento, qualquer sinal de vida. A cada momento, a esperança e a ansiedade se misturavam em seu coração, enquanto ele continuava sua busca incansável, desejando fervorosamente que algum milagre acontecesse. Mas nada acontecia.

Hashirama, que estava deitado sobre a porta onde Madara o mandou ficar , ouviu o chamado do oficial ecoando pela noite sombria. Com o coração cheio de esperança, ele se inclinou sobre Madara e tentou acordá-lo, sacudindo-o suavemente.

— Mada... — Hashirama se surpreendeu com o sussurro que era sua voz em meio ao tremor de todo seu corpo. O frio parecia ter levado embora sua potência de fala e o deixou apenas com o sussurro, mas ele prosseguiu. — Mada, acorde. Eles voltaram.

Ele olhou para o rosto do amado, ansioso por qualquer sinal de resposta. No entanto, Madara permanecia imóvel, como se mergulhado em um sono profundo e inquebrantável. —Mada.—Hashirama insistiu o chacoalhando mais, fazendo com que fragmentos de gelo que se formaram sobre os cabelos negros e úmidos dele se quebrassem no chacoalhar. —Madara não brinca assim, acorde logo. Vamos... eu não consigo falar mais alto que isso, eles nunca vão me ouvir. —Madara não disse nada. O desespero começou a se instalar no coração de Hashirama, enquanto ele se esforçava para entender por que Madara não respondia. Ele sabia que cada segundo era crucial e que o tempo estava se esgotando rapidamente. Com a voz trêmula, ele chamou novamente. — Madara! Por favor, acorde! Temos uma chance de sermos resgatados! Por favor, eu não consigo sem você, por favor acorde.

Mas Madara continuava imóvel, com seus olhos fechados com gelos sobre suas sobrancelhas, cílios, cabelo e por boa parte de sua roupa também. As ondas suaves balançavam a porta sob eles, e Hashirama sentia a urgência crescente em seu peito. Ele sabia que não podia perder essa oportunidade de serem salvos então se aproximou um pouco mais do homem e selou os gélidos lábios do Uchiha que não reagiu, e prestando mais atenção, Hashirama se desesperou ainda mais ao não sentir mais a respiração dele.

— Não não, não me deixe por favor. —Disse o Senju agitando Madara com a mão que tinha livre. Mas Hashirama não era burro... ele sabia muito bem o que estava acontecendo. Ele apenas queria algo que sabia que não viria: um milagre.

Titanic (Versão HashiMada)Onde histórias criam vida. Descubra agora