Capítulo 35 - Esse é o meu Bill!

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— Você está bem? — A voz soou em meus ouvidos, no mesmo instante que inalei o perfume tão familiar. - Não se mova! - Ele pediu agora num tom mais baixo e terno, e mesmo que eu quisesse, não conseguiria mover nem uma célula do meu corpo.

–Kate, você esta bem? - ele voltou a perguntar.

Tentei pensar em algo para dizer, mas não consegui. Sentia sua respiração descompassada e quente. Mesmo com os olhos fechados, podia sentir ele bem próximo, perto do meu rosto.

Limitei-me apenas a assentir que sim, com a cabeça, sem saber se estava realmente bem. Minha pulsação fervia dentro das minhas veias e minha cabeça doía. Nem tanto pela batida, mas pela sensação de tê-lo, ali... Ao meu lado.

Tentei me mover. Minha cabeça fisgou.

— Fique deitada. — sua voz era macia e tão suave. - Abra os olhos e diga se esta bem, por favor!

Eu não queria. Não podia encará-lo.

Mas, sua voz soava tão desesperada, tão suplicante.

Levantei as pálpebras, abrindo meus olhos lentamente, fixando meus olhos no teto da sala de estar.

– Olhe pra mim. – ele pediu.

Baixei meu olhar, depois meus olhos captaram os seus, seu semblante era de preocupação, e sem que eu esperasse, ele passou um braço por debaixo do meu corpo e me ergueu, colocando uma almofada de baixo da minha cabeça.

–Vai se sentir melhor dessa forma. – ele sorriu. – Que boa pancada foi essa?

–Foi só um tombo, uma pancadinha de leve. – eu o informei - Estou bem, preciso ir embora. - Apoiei meus cotovelos no tapete, tentando levantar, fazendo uma careta de dor.

– Não se levante! – Bill tocou em meus ombros e delicadamente voltou meu corpo para o tapete, ajeitando minha cabeça com cuidado na almofada. – Ainda dói?

Dói, mas não minha cabeça!

Não. - eu apenas murmurei, fechando meus olhos.

– É aqui que dói? – Bill tocou minha testa com a ponta do dedo, fazendo-me soltar uma exclamação de dor. - Tem um inchado, aqui. - ele correu seus dedos por cima do machucado. - Acho que vai ficar roxo.

– Que maravilha! - eu disse desanimada, olhando-o. - Vai ficar horrível.

– Hum... acho que sim. - seus olhos desceram para os meus lábios, e ele engoliu com dificuldade. – Mas, não perderá o seu charme. – ele desceu o dedo do machucado, passeando pelo meu nariz e logo depois traçou o contorno dos meus lábios. - continuará linda, como sempre.

Agora, foi a minha vez de olhar para seus lábios e engolir com dificuldade.

–Eu... estou ótima, não tenho dor. – Minha cabeça gritava e latejava ao mesmo tempo, mas eu tinha que sair dali. Tinha que tirar seus dedos, seus olhos, sua voz e seu corpo de perto do meu.

Mas, e a coragem para esse ato heroico?

– Não se levante, vou pegar um pouco de gelo e dar um jeito nesse inchado.

– Não precisa, Bill! – eu me levantei bruscamente e minha cabeça doeu, me segurei ao máximo para não deixá-lo perceber a minha dificuldade em me mover. – Preciso ir, David esta esperando.

–Pare de ser teimosa. - Ele me olhou bravo e como se pudesse ler minha mente, disse:

– Não precisa ter medo. Não vou te morder.

Sempre Sua | Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora