Capítulo 41 - J de... Jill!

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Confirmei com a cabeça. Bill pegou minha mão e saímos juntos do estúdio, seguimos para a sala de estar, onde Tom estava sentado no sofá, fumando.

– Puta que pariu, o que tem pra falar que não podia esperar? – Bill perguntou com raiva para o irmão.

–Oi, Kate! – Tom ergueu os olhos ignorando a pergunta de Bill e me cumprimentado.

–Oi, Tom! – eu respondi tímida escondendo-me atrás de Bill.

–Tom? – Bill chamou o irmão impaciente.

–Isso estava no vidro do seu carro, na garagem de casa. – Tom pegou o envelope rosa e sacudiu no ar, entre seus dedos. – É da sua fã e o que mais me chamou atenção, foi o que ela escreveu fora do envelope.

Bill andou em passos largos até Tom e com um puxão brusco tirou o envelope do irmão, voltou para o meu lado e só então ergueu e leu o que estava escrito o lado de fora do envelope.

Eu ia matá-la!

Bill leu em voz baixa, depois ergueu seus olhos, primeiro olhou para Tom e depois seus olhos assustados e cheio de medo parou nos meus, que não estavam diferentes dos dele.

Desdobrou-o e também leu em voz alta.

Fui atrás da garota errada, por pouco não fiz uma grande besteira... Mas, estou aqui, AINDA!

J.

- A palavra ainda esta em letra maiúscula e sublinhada várias vezes. – Bill sorriu triste, sem levantar seus olhos .

-Ela assinou diferente dessa vez. – Tom disse pegando o bilhete da mão de Bill.

-A primeira vez que ela colocou esse "J." com assinatura. – Bill respondeu ao irmão. - Fui atrás da garota errada? - Bill repetiu o trecho do bilhete com o olhar distante, como se quisesse entender o que ela dizia. - Eu sabia que ela desconfiava que eu estivesse envolvido com alguém, o cabelo com sangue da Kate...

-Meu cabelo com sangue? - eu olhei para Bill assustada, o interrompendo. – Essa menina tinha um pedaço do meu cabelo?

-O cabelo era seu, mas o sangue era de um cachorro.

-Não acredito! – eu fechei os olhos, aquilo era aterrorizante, existia uma pessoa, da qual eu não conhecia, mas que estava tentando me matar, uma garota chamada J. – J! - algo estalou dentro do meu cérebro e tudo veio nítido em minha mente e cambaleei. – J! – eu repeti e um nome apareceu claro. – J de... Jill!

-Jill? – Tom perguntou virando em minha direção.

-Sim, Jill – eu repeti fechando meus olhos tentando contem o bolo que formava em minha garganta, uma náusea, uma tontura, eu desmaiaria.

-Quem é Jill? – Bill perguntou se aproximando tocando em meu ombro, segurando-me para não cair.

Então, abri meus olhos, o olhei e respondi.

- Minha vizinha.

Foi a vez de Bill fechar os olhos, apertou meu ombro e empalidecer.

-Su..sua...

- Minha vizinha. – Bill tentava falar, mas não conseguia, estava nervoso e seus lábios tremiam. Agora tudo fazia sentido - Preciso ir para o meu apartamento, Tom preciso de uma carona.

- Essa louca é sua vizinha. - Bill segurou meu braço com força - Não vai embora...não vai ficar sozinha...não vai.

-Preciso fechar esse quebra-cabeça. – eu disse segurando sua mão e massageando para acalmá-lo. – ela não mora mais no meu prédio, não é mais a minha vizinha. – eu disse – Eu tenho que saber de tudo e depois temos que ir até a policia.

Sempre Sua | Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora