Capítulo 45 - Jumbie.

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–Não preciso, eu não trabalho mais para ele.

–Não trabalha... Por que não trabalha mais para David?

Ele se afastou e uniu as sobrancelhas em expressão de espanto.

"Droga!" - eu me xinguei mentalmente.

Eu havia esquecido esse pequeno detalhe. Eu não tinha contado ao Bill sobre minha demissão, e pior, não havia contado o motivo que me levou a fazer o pedido.

E agora? Falava a verdade ou... E agora?

– Porque eu...

O interfone tocou na sala.

–Quem será? – eu perguntei, no fundo agradecendo pela intromissão.

–Eu atendo para você! – Bill disse inesperadamente.

–Você? – eu perguntei franzindo a testa.

–Sim, será que o porteiro vai identificar minha voz, será que ele ouve Tokio Hotel? – Bill brincou dando uma gargalhada seguindo para a sala.

E agora? Preciso pensar! - Pensei deitando na cama. O que eu diria a Bill, que desculpa eu daria, não queria falar a verdade, se eu contasse meus planos, ele ficaria bravo e o resto dos meses seria um inferno. Ele tentaria com toda certeza, mudá-los!

–Pare de ser covarde. – eu murmurei olhando o meu reflexo no espelho.

Não é ser covarde, só quero que ele tenha um lançamento de cd sem pensar... Sem pensar em nada além... Do lançamento! - Eu respondi em pensamentos.

Covarde e mentirosa! - Minha mente fazia o advogado do diabo. Daqui a pouco Bill voltaria e ainda não havia decidido o que dizer.

–Não sou... Eu não sou mentirosa! – Sim, covarde, eu era!– Eu coloquei o travesseiro na cabeça tentando dessa forma parar com esses pensamentos.

–Kate. – Eu fechei os olhos quando Bill me chamou. – Você tem visita.

–Visita? – Eu gritei do quarto para Bill.

–Sim, venha ver! – ele gritou impaciente da sala.

Levantei da cama cambaleando e em passos rápidos cheguei até a sala e quando vi a cena. Parei e abri a boca e a fechei, sem dizer nada.

–O que... O que é isso? – quando eu consegui falar algo, eu apenas gaguejei.

–Ele veio te visitar, quer dizer, ele vai morar aqui com você.

–Morar?

–Sim, ele é seu. – Bill disse.

–Meu?

–Kate pare de repetir o que eu digo e venha dar um abraço nele. – eu não consegui andar então ele me chamou novamente. – Venha, amor!

Quando meus pés desgrudaram do chão, eu caminhei até ele e a minha visita e estendi meus braços, tocando-o.

–Ele é lindo! - Eu o abracei e deixei sua pequena língua áspera e molhada lamber meu rosto.

–Acho que ele gosta de você. – Bill acariciou o filhote de Beagle miniatura que estava em meu colo.

–Acho que gosto dele também. – disse dando um beijo nos pelos macios do cãozinho – Obrigada.

– Gostou mesmo dele? - Bill coçou a cabeça do pequeno animal e depois roçou seus lábios nos meus.

– Muito, muito, muito. – eu fechei os olhos e deixei que ele me beijasse suavemente, lentamente e carinhosamente.

– Três muito. São muitos muito! – ele sussurrou próximo aos meus lábios.

Sempre Sua | Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora