Á sombra de um desejo - Coleção Á meia-noite - Livro 01 (Em Degustação)

Capítulo 07 - Madrugada escaldante

Augusto se encontrava em um ambiente misterioso, uma atmosfera sedutora que parecia envolvê-lo completamente. Ele estava em um quarto escuro, com paredes adornadas por cortinas de veludo vermelho, iluminadas apenas por uma luz suave e difusa das velas acesas sobre móveis ou espalhadas pelo chão. Pétalas de rosa-vermelha se espalhavam pelos lençóis de seda, contrastado com a cascata de cabelos ruivos. Seu coração acelerou ao contemplar a figura da bela jovem de olhos verdes e de beleza cativante.

Ao perceber a presença de Augusto, Isabella se ergueu, ficando sentada sobre a cama de dossel. Vestida, provocadoramente, com um manto de seda, ela sorriu para Augusto. Seus olhos verdes brilhavam com um desejo intenso. Augusto ficou hipnotizado pela aparência deslumbrante das curvas delineadas pelo tecido fino. Seu corpo inteiro ardeu diante da atração magnética que o impelia em direção a ela.

Os olhares se encontraram, transmitindo uma eletricidade sexual que envolveu o ambiente. Isabella ergueu a mão fazendo sinal para que Augusto se aproximasse. Ele caminhou lentamente em direção a ela, revelando um sorriso malicioso em seus lábios. As mãos dele deslizaram pelo rosto angelical, indo até o pescoço delicado. Suavemente, ele depositou beijos molhados da curva até logo atrás da orelha e ouviu Isabella ofegar. Com um sorriso triunfante nos lábios, ele se apossou dos lábios carnudos da jovem, beijando-a com a intensidade do desejo que carregava em seu íntimo. As mãos delicadas de Isabella deslizaram pelas lapelas da camisa de Augusto, puxando-o para mais perto.

As mãos de Augusto percorreram as curvas de Isabella, sentindo sua pele macia e quente sob seus toques. Cada carícia aumentava o desejo que ardia entre eles. Os corpos se movendo em uma dança apaixonada e sensual, revelando a intensidade do desejo que os consumia. O ar estava carregado com suspiros e gemidos sussurrados.

Isabella abriu a camisa de Augusto com tanta força que os botões saíram voando, se espalhando pelo chão. As mãos pequenas e delicadas exploravam o peito e o abdome bem desenhado de Augusto, arrancando suspiros dos lábios dele.

Augusto a penetrou lentamente, cuidando para que Isabella não se machucasse. Ele sabia que ela era doce e inocente, algo que o atraiu ainda mais, aumentando assim, o seu desejo. Cada beijo, cada toque, era uma explosão de prazer. O tempo parecia não existir, apenas o êxtase e a conexão intensa entre eles importavam. Cada movimento levava a gemidos guturais como animais acasalando. Era exatamente como Augusto se sentia: um animal faminto se alimentando dos mais doce dos néctares. Saciando a sua fome na mais perfeita fonte de prazer.

No auge do prazer, quando ambos caíram saciados e ofegantes, Isabella o abraçou fortemente. Havia medo em seu toque e logo Augusto a ouviu chorar com o rosto escondido em seu peito. Confuso, Augusto se afastou um pouco, preocupado se havia machucado Isabella.

— Você está bem? Eu a machuquei? – Ele sussurrou, beijando suavemente sua face.

Entre lágrimas, Isabella negou com a cabeça. Seus olhos estavam assustados e havia uma sombra ao fundo.

— Por favor, prometa que vai me proteger! – Ela implorou, entre soluços. – Prometa que não vai me abandonar, que ficará e me salvará!

— Salvá-la de quê? – Augusto perguntou, confuso.

— Dele! – Ela sussurrou.

Os olhos de Isabella se desviaram para algo de pé atrás de Augusto, porém, quando ele se virou para confrontar seu algoz, tudo o que ele pode ver foi a sombra escura que surgiu em meio a penumbra e o brilho de uma faca cortando o ar.

Augusto acordou em sobressalto, o suor escorrendo pelo seu rosto. Ele encarou o teto, confuso e assustado, enquanto ofegava. Embora seu corpo ainda sofresse com as imagens eróticas do sonho que tivera, ele lamentou por ter se permitido ser levado para um lugar tão perigoso. Afinal, Isabella era apenas uma jovem que Augusto havia visto uma única vez, e para piorar tudo, ela era menor de idade.

Augusto era um homem fadado a paixões passageiras, mas o sonho erótico que teve com Isabella foi algo muito diferente de tudo o que já vivenciará. Esse sonho erótico deixou Augusto perplexo, questionando os limites da sua própria mente. Ele não podia se permitir ter tais sentimentos por alguém tão jovem quanto Isabella, pois soava errado e perturbador.

Augusto fechou os olhos. Suspirando, ele levou a mão a virilha e resmungou.

— Acho melhor tomar um banho frio antes de sair.