Como Helô e Stênio, que eram completos opostos, fariam uma história de amor dar certo a longo prazo, já que ela estava na faculdade por ser estudiosa e esforçada e ele estava pela insistência de seus pais.
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Quer sair? Sim, parece divertido Videogames, você me passa um bilhete Dormindo em tendas É bom ter um amigo
It's Nice To Have a Friend - Taylor Swift
narradora
— Ela não veio. - Haroldo conseguiu a atenção de Stenio ao ver que ele procurava por Helô antes mesmo de entrar na sala de aula.
— Como assim ela não veio? Tem alguma coisa errada, ela deve ter se atrasado. - Stenio queria ficar na sala mas sabia que não seria capaz.
— Você está indo aonde?
— Eu não vou aguentar ficar aqui.
A velocidade que Stenio saiu dali mostrou o quão apavorado ele estava, ele nunca sentiu isso antes, nunca se preocupou por alguém como está se preocupando com ela agora.
— É tudo minha culpa. - ele disse para si mesmo enquanto colocava o rosto em suas mãos já na mesa que podia ser considerado o canto deles durante o intervalo das aulas.
Haroldo não se deu ao trabalho de ir atrás de Stenio, claro que ele não queria deixar o amigo sozinho, mas ele sabia muito bem que estando perto de Stenio poderia só piorar a situação e preferiu ficar na sala.
Os pensamentos de Stenio estavam mais rápidos que um trem bala, "O que ele fez com ela?" Era um deles, ele não queria pensar no pior, ficava dizendo para si mesmo o quão idiota ele foi de ter ido até o carro, ele enfiou na cabeça que se tivesse ficado no canto dele ela provavelmente estaria no lugar dela na sala de aula como ele já acostumou.
Tudo bem que esse seria o terceiro dia que eles iriam se ver, criar o costume de ver ela todo dia era o que mais incentiva ele a ir até a faculdade, antes de conhecer ela, ele nem queria isso, claro que a advocacia passava por sua mente, mas realmente virar um advogado ainda era uma de suas maiores dúvidas.
— Quem iria querer um advogado como eu? - ele jurou estar sozinho.
— Sério que você está se questionando isso? - uma moça com o uniforme de limpeza chegou perto dele.
Ele não conseguiu formular uma resposta, olhou para ela como quem pedisse um conselho.
— Meu filho, escuta, nunca duvide de sua capacidade, tudo bem que você não me conhece, mas eu tenho certeza de que você será um advogado incrível. - ela colocou a mão no ombro dele.
— Obrigado. - disse mais por educação, já que ele ainda não acreditava no seu potencial. — Como é o seu nome? - falar com ela poderia deixar ele mais calmo.
— Sou a Creusa, hoje eu vim cobrir uma amiga minha que cuida da limpeza da UERJ, eu já sei o seu nome, prazer. - ela sorriu estendendo a mão para ele.
— Como você sabe o meu nome? - ele pegou a mão dela.
— Donelô falou de você em casa.
— Você sabe o motivo dela não ter vindo para a aula hoje?
