Segurança estranho

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Xiang

    Que merda! Não consigo me soltar, droga de segurança de shopping, ele é bem mais forte que eu.
    Estou sendo levado em direção ao banheiro, passamos pela porta e então finalmente sou solto, viro para trás e olho  para figura que estava me prendendo, percebo então que para minha surpresa, não era o segurança do shopping.
   
    — Que porra! É você, imbecil, eu quase morri do coração pensando que fosse um dos babacas do shopping, mas é só o babaca de casa.

    — Também estou feliz em te ver! Já pensou em falar de maneira mais educada com os mais velhos? - Fala Cimu com tom de deboche.

    — Nossa falou o idoso, duvido que você tenha mais de trinta, não te devo respeito!

    — Nossa assim você me magoa - retruca debochado, me tirando assim do sério.

    Como esse cara consegue ser tão irritante.
   
    — Vai a mer...

    Cimu de repente tampa minha boca e parece querer escutar algo que se passa lá fora. Sem que eu consiga impedir sou lançado para uma das cabines do banheiro, onde logo em seguida Cimu entra e tranca a porta.

   — O segurança esta lá fora, está perguntando sobre você, ele provavelmente vai entrar.

    — E a culpa disso tudo é sua! Se não tivesse me tirado do meu caminho eu já estaria fora desse lugar

    — Mentira - diz ele com uma cara de nada - você já teria sido pego, vamos continuar aqui, ele não pode sair abrindo a cabine com alguém dentro.

    — O problema, seu imbecil, é que ele vai ver dois pares de perna por debaixo da cabine.

    Cimu não responde, ele está pensativo. Me lasquei. Se depender desse cara para ser salvo eu vou acabar no xilindró. De repente, escutamos o barulho da porta do banheiro se abrindo.

    — Saia daí, moleque! eu sei que você está aí.

    Como se por mágica, Cimu acorda de seus devaneios e me pega no colo, deixando minhas pernas cruzadas atrás de suas costas, antes que eu possa reclamar, ele senta na privada e me faz um sinal para calar a boca.
    A maneira como eu estava sentado no seu colo com as pernas cruzadas em sua cintura faziam minha pernas não aparecerem por de baixo da cabine. Uma boa ideia? Talvez, mas meu rosto está tão vermelho e meus pensamentos estão a mil que não consigo pensar direito se isso foi uma boa ou não.
    Ele está com a mão na minha bunda. Quero profundamente enfiar minha cara na privada, esse segurança é estranho. Mas que porra! Eu tô parecendo um viadinho.
    Ouvimos o segurança entrar e ir abrindo cada cabine, meu coração está a mil. Quando finalmente vemos seus pés por debaixo da nossa cabine.

    — Quem está aí? - grita o segurança.

    — Acho que quem deveria fazer essa pergunta sou eu - retruca Cimu - você entra batendo a porta e chutando todas as cabines sem nenhuma explicação e sou eu que tenho que dizer quem sou. - a voz dele começa a soar brava - a gente trabalha que nem um condenado, para no final não poder nem aproveitar uma tarde de folga, sem um arrombado vir atrapalhar a gente  cagar.

    Nesse momento todo meu constrangimento se transformou em uma louca vontade de rir.

    — Desculpa, senhor - disse o segurança com uma voz de constrangimento - algumas senhoras pensaram terem visto um trombadinha entrando aqui.

    — Que se exploda! Só me deixe aqui e saia.

    O segurança se desculpa novamente e sai tão apressado quanto quando entrou. Esperamos em silencio, um olhando para cara do outro até que nos dois começamos a rir.

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