Romance Improvável

Consertando erros

   Autora:  Primeiramente, devo um pedido de desculpas a todos que estavam lendo, eu demorei muito para lançar esse episódio. Eu me embananei toda esse ano na minha rotina...desculpa.
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Xiang

Vê-lo dormir e saber que ele já estava seguro me trazia tanta paz. Eu não via a hora dele acordar para podermos resolver tudo.

A tarde dormi um pouco. Esses últimos dias estavam sendo tão cansativos, dormir perto dele, mesmo que sentado numa cadeira desconfortável, me trazia calma.

Ele não acordou naquele dia e nem no outro, e nem no outro...

A cada dia que passava os médicos ficavam mais preocupados e eu também. Não tinha nada de errado, por que ele não acordava?

Tentei me manter no hospital o máximo de tempo possível, mas meus pais não deixaram, já estava insustentável como eles mesmo disseram.

Hoje eles iriam me buscar, apesar de eu ter dito que eu podia voltar do hospital sozinho, eles estavam preocupados. Eles viram minha reação no dia do acidente, eu realmente não tenho o que reclamar dos meus pais, desde o dia em que cheguei aos prantos em casa, eles começaram a me dar mais atenção, tanto que nessa primeira semana que eu não poderia ficar no hospital eles me levariam e me buscariam na escola, além de ficarem comigo, a noite, no hospital.

Embora eles realmente estivessem sendo pacientes comigo, eu não queria voltar para escola e nem só ir visita-lo a noite.

Passei o meu último dia aqui o observando dormir e fazendo cafuné na sua cabeça, conversei com ele algumas vezes na esperança dele acordar, mas nada aconteceu.

A noite meus pais vieram me buscar, eles estavam dirigindo, algo realmente raro, eles nunca saiam sem um motorista.

Antes de sair dei um beijo na testa de Cimu e então me dirigi para frente do hospital.

Assim que minha mãe me viu ela correu para me abraçar, ela vinha com frequência me ver no hospital, mas ainda assim ela dizia que não era o suficiente.

- Eu tô tão feliz que você está indo dormir em casa.

- A casa é tão vazia sem você - disse meu pai chegando logo atrás dela.

Puxei meu pai para o abraço e deixei todo meu cansaço de dias cair sobre eles. Era tão bom estar no abraço dos dois.

Depois de todas as paparicagens e longas declarações, finalmente, entramos no carro, eles foram o caminho todo conversando comigo, me perguntando como Cimu estava e como eu estava com isso.

Eles realmente estavam preocupados.

Quando cheguei em casa, meus pais me obrigaram a jantar com eles. Foi agradável. Só não foi perfeito porque eu não conseguia tirar Cimu da cabeça...e do coração.

Comparado as noites que eu não podia ver Cimu, a minha cama era um paraíso, mas comparado aos últimos dias nos quais eu pude dormir segurando sua mão, a minha cama parecia uma cama de espinhos. Eu me revirava de um lado e de outro e a única coisa que eu queria, era estar ao seu lado.

No outro dia meus pais me levaram a escola e me buscaram, me senti uma criança. A noite fui para o hospital e fiquei até uma da manhã, meus pais não me permitiram ficar mais tempo, infelizmente.

Essa rotina se repetiu por toda semana.

Com a chegada do final de semana meus pais me deixaram ver Cimu de manhã, mas eu não poderia extrapolar. Eles iriam me deixar de manhã e me buscar na hora do almoço para comer em casa.