11- Como descobriram a família dela?

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🎨 Dulce 🎨

Quando eu abri aquela gaveta, fotos e mais fotos da minha mãe, de sua família. meus avós. Ela estava grávida e eles pareciam felizes juntos. O que aconteceu? — eu continuei cavucando aquela gaveta sentindo que minhas respostas viriam dali. Tinha um diário que também se abria com meu colar. Eu abri. - Oi filha... — eram as primeiras palavras que tinham ali. Meus olhos se encheram como minhas lágrimas que agora corriam livres por meu rosto. — Se isso está sendo aberto, sei que é você, pois seu pai jamais abriria, uma vez que não tem a chave e que não quer ser localizado por seu avô... e ele sabe que esse diário tem um localizador, esse é acionado na abertura dele. — parei para digerir aquela informação. O que ser localizada por meu avô poderia trazer de ruim?

Minha mãe continuou e me explicou, parte por parte de tudo o que aconteceu, como meu pai a trancou, como a afastou da família e como ele usava dos recursos de seus pais para poder financiar seus negócios. Percebi que eu não podia sair porque não podia ser encontrada por meus avós... se tal coisa acontecesse meu pai perderia o acesso direto ao dinheiro que tanto amava. Um sentimento de revolta e solidão começou a crescer dentro de mim e foi então que a porta se abriu. Por um momento muito longo houve um silêncio desconcertante — O que está acontecendo aqui Dulce Maria? — Meu pai disse ríspido.

— O que você acha? — respondi sem paciência. — você não deveria mexer naquilo que não te pertence garota! — E você não deveria mandar em alguém que nem sua filha é! — ele parou por um instante, suas pupilas dilataram e suas narinas se inflamaram... ele veio em minha direção e eu corri para o outro canto do quarto perto da porta, eu abraçava o diário da mamãe contra o peito e ofegava. — O que você disse? — ele se virou me encarando — Que você não deveria mandar em mim, já que nem meu pai é! — falei num lampejo de coragem — De onde tirou isso? — disse rindo... — Desse diário imbecil? — sua mãe era completamente desequilibrada Dulce, tudo que está aí é, nada mais do que, o relato de uma pessoa fora da realidade. — ele diz como se fosse óbvio. — vamos, me dê! — ele estica a mão enfatizando sua ordem. — Não! Você não vai me tirar ela de novo. Nunca mais! — ele dá 2 passos em minha direção e eu abro a porta para fugir. — Não ouse sair garota estúpida! — Eu me viro para sair — Ele não vai estar lá... — a esse ponto sei bem sobre quem meu pai esta falando. — Ele não estará te esperando— ele completa. — O que você fez com ele? — Me viro com raiva. — Aquele marginal vai morrer em uma cela, escondida e úmida. — Não! - sussurro sabendo que talvez não consiga encontra-lo a tempo. — Você deveria ficar tranquila princesa, tudo aconteceu como tinha que acontecer. — Meu pai aproxima sua mão da minha cabeça, mas até de encostar eu o empeço segurando-o pelo pulso - Você errou sobre nós, sobre ele e sobre MIM! - digo firme. — E eu NUNCA mais vou pintar para você. - digo o empurrando sobre sua mesa o fazendo tropeçar e derrubar um vaso caríssimo decorativo de seu escritório, o olho uma última vez e me viro em direção a porta mais uma vez, quando coloco meu primeiro pé para fora o escuto dizer. — Você quer me transformar no vilão? Assim seja. Então eu sou o vilão. 

🧠 Christopher 🧠

Acordei em uma cela, com muita dor de cabeça... — Que bosta! - digo para mim mesmo olhando ao redor... — Como eu vim parar aqui? - me perguntou alto. — Você mexeu com a garota errada. Herdeira dos Cosa Nostra. - o homem sentado a minha frente em uma cadeira de metal diz - de quem você está falando? - pergunto um pouco confuso, com a minha cabeça realmente latejando. - Você foi trazido pelos homens de Fernando e colocado na cela dos esquecidos para morrer. - ele diz tranquilamente - Só tem um jeito de vir para cá... e só sobrou uma mulher Salvinon para mexer. - ele diz com um fundo de tristeza - Como você veio parar aqui? - perguntei preocupado com a resposta que receberia. — Eu fui o responsável por só existir uma "mulher Salvinon agora" - me disse com peso no olhar. O olhei com uma curiosidade sombria e então ele aparentemente decidiu se explicar.

Abraço do destino: A Ascensão da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora