Uma Nova Chance - Amor Quase Impossível 2

Capítulo 20

Já perdi as contas de quantas vezes meu coração errou as batidas desde que acordei até agora, e só de pensar que estarei conversando com o Gabriel sobre tudo, dá vontade de gritar.

Sim, estou a caminho do café para conversar com o Gabriel sobre tudo o que aconteceu no passado e o motivo de ele ter voltado assim do nada.

Tá, as meninas chamaram, mas né...

Ao chegar no café, estacionei e entrei. Sentei no fundo e fiquei esperando o senhor atrasado.

Tive um susto ao ver Paola entrando com a menina que estava cuidando do cachorro durante os ensaios. Ela teve a mesma reação ao me ver por lá.

Risos internos.

— Me atrasei? — escuto uma voz perto de mim.

— Como sempre — sorrio. — Olá, Gabriel.

— Olá, Catarina — ele sorri.

— Por que escolheu esse lugar?

— Foi aqui que vi a Dina depois que terminamos o colégio, e aqui tem ótimos biscoitos.

Dou risada.

— Ela arrasa na cozinha.

— Isso é, mas aquela mocinha que estava no casamento também — ele faz cara de pensativo. — Acho que o nome dela é Megan.

— Prima da Dina — digo, tomando um pouco de água. — Ela tem o dom de cozinhar e beber sem perder a lucidez, o que assusta um pouco.

Ele ri.

— Indo direto ao ponto... Te chamei aqui para termos uma conversa sobre tudo o que você tiver vontade de saber.

— Oi?

— Vai dizer que não ficou curiosa sobre o meu namoro que começou do nada?!

— Eu não — menti. — A vida é sua, e você fez o que deu vontade.

— Você não muda nunca, né? Não éramos melhores amigos à toa; sei quando você mente — ele me olha. — E o cordão aí diz tudo o que eu preciso saber.

Olho para ele.

— Eu nunca cheguei a namorar aquela menina, apenas pedi um favor a ela, e ela me ajudou.

— Pra que tudo aquilo então?

— Simples, eu comecei a gostar de você e não queria me permitir sentir esse sentimento... Eu queria passar um tempo com você antes de você não olhar mais na minha cara, por isso te convidei para o Natal.

— Eu chorei por algo que nunca existiu? Devolve minhas lágrimas, por favor.

— Chorou? — ele pergunta.

— Eu gostava de você, idiota! Mas quando você apareceu com aquela menina, resolvi guardar isso apenas para mim, até porque não tinha como contar a você, já que estava supostamente namorando.

— Eu não queria te machucar... Achei que, se eu começasse a namorar, iria dar errado e eu iria te fazer sofrer, mas parece que fiz isso de qualquer forma...

— Talvez...

— Você ainda gosta de mim?

— Eu não diria gostar como eu gostei no colegial, porque seria mentira... Me acostumei a não ter você por perto, mas não digo que te esqueci por completo, já que não fiquei com ninguém esse tempo todo — digo, olhando para o nada. — Mas nem tempo eu tenho pra me relacionar.

— Quando a Dina me chamou para o casamento, achei meio estranho, até porque não éramos tão próximos... Mas entendi tudo ao chegar e te ver de longe gritando com alguém — ele diz, rindo. — Fico pensando como seria nossa vida se tivéssemos começado a namorar no colegial... Se teríamos nos casado e tudo mais.

— Acho que eu não teria feito metade do que fiz, porque, tipo, quando terminei o colegial, fui embora e fiz faculdade enquanto trabalhava meio período, e só voltei quando terminei — respiro fundo. — Acho que não teria durado por conta da distância, a não ser que eu viesse pra cá e você fosse lá. E sobre o casamento, eu já não tenho certeza, você não me aguentaria.

— Eu te aguentei enquanto estudávamos juntos e me apaixonei exatamente por aquela menina estressada que queria bater em todo mundo.

— Hoje eu sou pior.

— Dá pra ver — ele sorri. — Eu queria tentar... — Ele pega na minha mão. — Quero fazer acontecer o que não deu pra fazer no colegial.

— Te aviso que não vai ser algo fácil, viu — sorrio.

— Isso é um sim?

— Apenas se você pedir direito."

Hello, como estão? 

Espero que bem, sei que ando bem sumida ultimamente, mas o estagio e a faculdade estão acabando com meu couro

beijinhos e até logo