Homicída & Romântica

6

Boa leitura!
Espero que gostem!

——————————

Nos últimos três dias tenho estado em constante choro e lamentação. O cara que eu mais amei me traiu com minha melhor amiga. A pior parte disso tudo é que todas as pessoas estavam certas sobre ele, mas eu não acreditei, por que tive que passar por isso? e sem contar que o meu nome apareceu no holofotes na internet como "a garota que estava namorando o Bryan" porque alguns lembram de ver o @ dele na minha bio como ele pediu para eu colocar assim que começamos a namorar.

Ainda bem que nesses últimos três dias eu só fiquei conhecida como a garota que talvez namorasse Bryan, porque minha irmã pegou meu celular, enquanto eu estava em constante choro e tirou o @  dele do meu perfil e privou.

Mamãe e Claire vieram várias vezes no meu quarto ver como eu estava, deixar comida, ou só pra ver se eu queria conversar, mas papai não veio. Ele odeia me ver chorar e eu ainda discutir com ele porque queriam me casar com a Sofia Daccarett.

TOC-TOC

-- Entra -- digo, estou deitada virada para a parede, de costas para a porta -- mamãe, eu já comi.

-- Que bom, ela estava para enlouquecer -- a voz de papai me anima, mesmo estando de coração partido.

-- Oi, papai -- digo, assim que ele senta do meu lado, eu o abraço como se estivesse passado anos longe dele. Papai retribui o abraço, apertado.

-- Quer assistir It a coisa comigo, mamãe e Claire? -- Ele pergunta -- mamãe fez até a pipoca.

-- Não estou me sentindo bem, papai. E odeio palhaços -- digo, e faço cara de raiva, papai ri.

-- Tudo bem, mas se mudar de ideia vamos está no cômodo do lado -- ele ri, papai me olha com seus olhos verdes idênticos aos meus -- precisamos conversar -- ele diz. Engulo em seco.

-- Pai, eu sei que você não gosta dele--

-- Me escute, Chloe -- papai diz, firme. Imagino que nesses últimos três dias ele tenha guardado tudo para podermos conversar -- não quero conversar sobre eu detestar aquele moleque. É sobre você.

-- Papai, eu vou ficar bem, eu juro -- digo, mas sai como se fosse uma súplica.

-- Como se sente de verdade? -- Ele pergunta, docemente.

-- Tá doendo -- meus olhos ficam encharcados, papai me abraça novamente -- meu coração parece está apertando e me faz ficar sem ar, eu só queria fazer isso parar.

-- Oh, meu amor -- papai beija minha testa como se eu fosse um bebê -- eu sempre quis ensinar as minhas filhas a nunca depender de alguém para ser feliz -- papai diz -- como nem eu e sua mãe dependemos um do outro. Fique o tempo que for necessário dentro desse quarto, Chloe. Mas...

Ele me olha nos olhos. Ele dar uma pausa.

-- Olha para você -- papai começa a dizer -- reduzida por um garoto que nunca amou você -- tento impedí-lo, mas papai continua, ele sabe exatamente o que eu iria falar -- ele nunca te amou, Chloe, porque amar não te faz passar dias chorando, não destrói a sua imagem na tv, você acha que não despedaça o meu coração ver a minha menininha chorar.

Papai arregala os olhos para não chorar, mesmo com tanta disposição a não querer que eu o veja chorar, ele não suporta. Nunca o vi chorar.

-- "Ah, papai, ele sempre se arrepende do que faz e acaba voltando para mim", -- papai repete o que eu disse na vez que Bryan apertou meu pulso -- mas ele não está aqui, agora. Ele não está aqui. Eu só quero que saiba que pode ficar quanto tempo quiser dentro desse quarto, mas não permita que ele acabe com sua vontade de viver, porque antes de amar qualquer pessoa, você precisa amar se mesma.