Até que a morte nos separe

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Boa leitura!! 

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Chloe

Nas semanas que antecederam o casamento, Sofia continuou mais romântica do que nunca, até irmos ao parque aquático, aproveitamos para passarmos no shopping, ela me levou ao cinema, o que achei interessante é que não tinha ninguém no cinema, só nós no fim de semana. Comecei a achar que ela pagou ao shopping para ficar só eu e ela lá. Pode parecer meio escroto para aquelas pessoas que pagaram para assistir, mas é romântico saber que ela fez isso por mim. É sexy perceber o quanto ela me quer. 

Minha família entrou de cabeça para nós ajudar com tudo, tenho visto mais meus pais e minha irmã do que a minha noiva nesses dois meses, porque faltando dois meses para o casamento Sofia veio jantar na casa do tio Michael, irmão do papai. 

Minha família adorou a Sofia ao ponto de roubá-la de mim, toda vez que ia procurar por ela, alguém já tinha se aproveitado. 

-- Adorei, você que fez? -- Sofia perguntou, minha prima Giulia sorriu como se fosse o melhor feedback que recebeu da vida, afinal, é Sofia Daccarett que lhe deu o elogio. -- Chloe deveria ter me dito que sua família tem vários artistas, ela é cantora, você pintora, sua mãe também, seu primo Wallace faz rap, estou impressionada. 

Papai não disse, mas sei que essa é a verdade, ele está apreensivo por sua filhinha irá casar, por essa razão quis aproveitar os dois meses antes do casamento. Ele deixou claro que só daria a atenção para Sofia se ela participasse da tradição da família. 

-- O que devo fazer? – Sofia perguntou, sentada à mesa com minha família, ela estava na minha frente, lhe observei. Sofia tem olhos castanhos, intensos, quando ela olha para mim sinto como se estivesse perto de explodir, e às vezes ela me olha como se estivesse me comendo com eles, e a sensação é avassaladora.  

Vendo-lhe assim bem na frente percebi ser quase impossível não querer ter Sofia Daccarett, ela é uma gostosa, minha pele pega fogo, não é à toa que ela já beijou e transou com várias, faz sentido a Ruby ser obcecada por ela, Sofia é uma tremenda gostosa e pela primeira vez não fico com ciúmes de pensar nela com outras, claro que sinto uma pontada de ciúmes atingir meu coração, porém eu não serei apenas a namorada, eu serei a esposa, e quando Sofia falar de mim dirá antes do meu nome: minha esposa.  

-- Faço qualquer coisa para me casar com a Chlo, roubo até o banco central da Itália -- Sofia disse, todo mundo riu. 

-- Isso seria muito fácil -- Papai respondeu -- Nossa tradição é que a noiva, ou o noivo da nossa família, deve passar os dois meses para o casamento na nossa casa, e o companheiro, ou companheira, só o verá no dia do casamento.  

Sofia parece chocada, ela me fita e depois olha para o papai.  

-- Nossa, sogro, está torcendo contra a minha felicidade -- Sofia brinca, papai solta uma gargalhada acompanhado da família toda. É lindo saber que ela me quer tanto que está fazendo de tudo para se dar bem com minha família, me quer tanto que aceitou a tradição.  

No fim do jantar, papai disse para eu ficar logo aqui na casa da tia Mary com eles. Sofia fez questão de perguntar se podia conversar comigo lá fora, afinal ela só me verá depois de dois meses.  

-- Vai ficar bem? -- Sofia me perguntou, ela virou e observou meu rosto.  

-- Sim, não precisa se preocupar, minha família sabe como cuidar de mim -- respondi lhe acompanhando até o seu carro luxuoso.  

-- Mesmo assim eu me preocupo -- ela falou, virou para mim novamente, me deu um selinho -- qualquer coisa me liga.  

-- Tudo bem, digo o mesmo. 

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