Homicída & Romântica

28

Chloe

Sofia bebe um pouco da água que Verônica trouxe a ela, se aproxima da mesa e diz:

-- Tive uma razão para ordenar que todos comparecesse aqui. Começarei com o básico -- Sofia fala, olha para mim -- minha esposa já sabe sobre tudo que nossa família está envolvida.

Todos se entreolham e continuam a prestar atenção.

-- Como sabem, William está em Roma, e provavelmente tentará algo e já começou.

-- O que aquele canalha fez? -- Marco pergunta, furioso.

-- Juntou-se com Violetta Walmart para nos atacar judicialmente acreditando que tem alguma coisa ilegal com a farmacêutica que pertencia à vovó -- Sofia comenta.

-- E tem? -- Questiono e todos voltam sua atenção a mim.

-- Quê? -- Laura pergunta.

-- Quero saber se na farmacêutica tinha alguma coisa ilegal -- respondi, minha sogra não gostou muito da minha pergunta assim como o restante da família Daccarett, viro para a Sofia -- tem?

-- Nada para se preocupar.

Então, eles continuam falando como se eu não tivesse feito a pergunta. Se eu já sei sobre tudo, por que continuam me escondendo? Diversos questionamentos, mas nenhum deles foram respondidos nessa reunião.

-- Por que não podemos fazer nenhuma transferência? -- Marco pergunta, Paulina leva a mão ao rosto, impaciente.

-- Sofia acabou de dizer o porquê.

-- É só dizer de novo. -- Marco responde, ríspido.

-- Mas que porra, eu estou falando grego por acaso? -- Sofia questiona, bufando.

-- Amor! -- Repreendo, Sofia me olha, mas logo entende. E balança a cabeça.

-- Explicando novamente porque o idiota do Marco não entendeu. -- Sofia comenta -- nada de transparência de dinheiro para conta no exterior, nada de depósitos suspeitos. Estamos sendo vigiados e podem acreditar que Violetta irá atrás de tudo isso.

-- Aquela cadela desgraçada -- Emi xinga -- quem ela pensa que é para estar nos desafiando, hein?

Todos resmungam alguma coisa, é impressionante se parar para pensar que a família Daccarett é a errada nesse contexto. Eles são mafiosos, enganam a polícia e outras coisas. Mas faço parte, então eu também sou errada?

-- Além disso, o que mais precisamos fazer, ou não fazer? -- Emi pergunta.

-- O básico, estamos sendo vigiados o tempo todo então será comum perceberem que estão sendo seguidos -- Sofia explica -- outra coisa, nada de tratar a Violetta mal, ou impedi-la de alguma forma-

-- Mas, amor, ela está investigando, não seria burrice deixá-la encontrar as coisas tão facilmente? -- Questiono, Marco bufa lá atrás.

-- Lá vem, depois eu que sou o burro para caralho.

Permaneci quieta, mas Sofia não, ele dá uns dois passos em direção ao Marcos calmamente, segura seu cabelo com força. O sangue respinga em mim, os copos da mesa se desequilibram e caem no chão, os rostos perplexos, o meu queixo caído, Sofia usou a caneta de Marco como uma bola de basquete, o sangue na mesa escorre, Marco geme de dor e Sofia apenas o observa gritando com o nariz quebrado.

Sinto minha pele arrepiar.

Tina se afasta da mesa para auxiliar o filho. E Sofia estende a mão impedindo.