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Boa leirura!
Espero que gostem!

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Chloe

-- É sério? -- a raiva entra na minha veia -- aposto que nem sequer olharam as músicas. Que ódio.

-- Eles não aceitaram?

-- Pior que isso. -- Digo -- eles disseram que minhas músicas não fazem parte do conceito do governo.

-- Sério? -- mamãe segura o papel com desgosto -- meu amor, sinto muito.

Afundo meu rosto no travesseiro, o tanto que quero morrer não está escrito. O tanto que odeio o fato do Walker ser o presidente, não sair depois das oito da noite, ser vigiado enquanto fazemos compras e enquanto fazemos qualquer coisa não é tão ruim quanto tentar gravar minhas próprias músicas e as gravadoras serem tudo comandadas por Walker e as que não são, não aceitam qualquer música.

-- Que ódio, mamãe eu demorei tanto para fazer esse álbum.

-- Eu sei, querida -- mamãe deita ao meu lado -- mas pensa bem. Guarde todas e quando formos para onde está Claire, poderemos procurar uma gravadora de verdade.

-- Sério? -- mamãe sorri e balança a cabeça que sim. Ela me enche de beijos e abraços até que passa a mão por cima do hematoma. A onda de questionamentos vem.

-- Chloe, -- eu já sei o que vai perguntar -- ele agride você?

-- Não, mamãe, ele só...

-- Não arrume desculpas para o que ele faz, Chloe -- mamãe levanta, senta de frente para mim.

-- Ele não me agride -- digo, mas sai parecendo uma súplica.

-- Agressão não é só bater, Chloe -- mamãe diz, acariciando meu braço -- existe agressão psicológica. Mas o que quero saber é se...

-- Eu o amo. -- Confesso, mamãe franze a boca -- e ele me ama.

-- Não é amor, Chloe. -- Ela diz -- é posse. Mas de qualquer forma terá que terminar com ele.

-- Mas mamãe -- tento.

-- Mas nada. Se não terminar com ele, eu irei e é capaz de me prenderem porque não nasci para ver homem nenhum bater nas minhas filhas.

-- Ele não bate em mim, só apertou demais meu pulso -- mamãe fecha os olhos e aperta. Tudo isso me deixa com dor de cabeça também.

-- Que seja, Chloe -- mamãe levanta, alguém bate na porta -- o perfeitão chegou.

Minutos depois que a mamãe saiu do quarto, ele entra usando o fardamento do exército, seus ombros bem definidos e seus braços grossos por causa da academia, pena que usa toda essa força contra mim.

-- Oi, amor -- se joga na minha cama, o peso dele falta me derrubar da cama.

-- Oi, -- digo -- como foi lá hoje?

-- Foi ótimo. O bom líder me elogiou hoje. -- ele abre um sorriso enorme.

-- hm -- digo, ele nem nota minha falta de desinteresse. Até parece que a namorada dele é o Walker e não eu.

Homicída & RomânticaOnde histórias criam vida. Descubra agora