apenas fujo de todas as realidades que me cabem

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Ele ainda me olhava nos olhos, com certa ansiedade à espera.

Eu engoli seco.

— Claro. O quê?

— Vem. — ele começou a caminhar e eu o segui.

Estávamos saindo do auditório, onde pessoas entravam e saíam com os equipamentos desmontados.

Lá na frente estavam Todoroki e Midoriya conversando.

— Ah, aí estão vocês. O pessoal da sua escola está atrás de você, Camie. — Todoroki teclava no celular.

Meu coração se agitou. O que eu digo? Será que convido eles para ver algo que o Bakugou convidou apenas a mim? E se não disser nada e parecer que é algo escondido? Ou se apenas eu não os convidar vai parecer que quero ficar sozinha com ele? E se eu estiver confundindo tudo?

— Estamos indo atrás deles. Até. — Bakugou me puxou pela manga da camisa delicadamente.

— O-obrigada. — eu acenei para os dois que me olharam desentendidos.

Do lado de fora da escola, Bakugou começou a olhar para os lados e frente, evitando as câmeras. Eu estava atrás dele, apenas seguindo os seus passos. Ficamos em silêncio por esse tempo, apesar de ser confortável, comecei a ficar curiosa com toda a situação.

— Parece suspeito. — comentei, vendo como ele estava furtivo caminhando na minha frente.

— Estou te assustando? — ele virou para me olhar com preocupação.

Droga. Os olhos dele estavam sem a carranca costumeira no meio da testa. É tão fofo. Me peguei dando um sorriso ao olhar para aqueles olhos preocupados e atentos.

— Me assustando?

— É, meio que... pensando assim, é suspeito. Desculpe. —ele desviou o olhar.

— Você se desculpando?

— Boba.

Eu apenas ri.

— É que... era uma surpresa para os alunos. O final do evento vai ser aqui na UA. Então... — ele apontou para a esquina, onde eu não conseguia ver por causa da parede lateral.

Quando andei mais um pouco e virei minha cabeça para olhar, era apenas um local coberto por lona.

— Hum, é... bem, com certeza é algo.

— Idiota. — senti a sua respiração segurando uma risada. — Vamos.

Andamos até o local com a lona, e ele a suspendeu para que eu passasse.

Cara!

Era um lugar montado com vários jogos de fliperama. Alguns estavam ligados e outros não.

— Irado, simplesmente irado! — olhei para ele e sorri.

Ele apenas olhou para o meu sorriso e depois desviou os olhos para o lugar meio iluminado. Então, ele deu um pequeno sorriso de canto.

— Quer ver algum?

— Claro! Claro que sim. Vem! — o puxei pelo antebraço.

Ele pegou umas fichas que estavam dentro da cabine de vendas. Começamos com um jogo de corrida de carros, ele era bom e eu péssima. Mas eu ria o tempo o todo.

Também brincamos no basquete, depois fomos para Guitar Hero.

— Bateria? — apontei para ela.

Electra Heart | Camie ItsushimiOnde histórias criam vida. Descubra agora