Tentação | Beomjun ( cyj + cbg )

you're sick

- Mãe, do que a senhora tá falando?

- Eu ouvi tudo o que você falou pro Huening no seu quarto.

- N-não é isso que a senhora está pensando.

- Claro que é, você acha que eu sou idiota? - Olhou desacreditada para o filho. - Criei meu filho com todo amor e carinho na igreja, não deixei nada faltar e agora vejo ele falando sobre gostar de outro homem. Você sabe como eu tô me sentindo?

As lágrimas de ambos caíram automaticamente. Beomgyu não estava planejando contar tão cedo.

- O pai sabe? - Perguntou com a voz falha.

- Sabe sim, e ele está tão decepcionado como eu.

- Mãe...

- Vai logo pra aula. Depois a gente conversa.

Ele saiu com uma dor no coração. Não queria decepcionar sua mãe e nem seu pai, eles eram o seu pilar. Ele se encontrava sentado no mesmo banco de sempre do seu campus. Até que chegou o motivo do seu coração agora bater mais rápido.

- Oi gatinho. - Sentou ao seu lado.

- Oi, Jun. - Ele sorriu fraco. - Como você tá?

- Eu tô ótimo! Passei o dia todo pensando naquele beijo. - Respondeu, deixando Beomgyu com borboletas na barriga. - E você?

- Bom... Sabe o que você me disse sobre um dia eu me livrar da culpa cristã?

- Claro, por quê?

- Porque eu ainda tô longe de me livrar. - Sentiu seus olhos marejarem. - Meus pais descobriram tudo, estão decepcionados comigo.

Os olhinhos cheios de lágrimas e tristeza partiu o coração de Yeonjun. Ele não merecia a crueldade que uma família conservadora sempre faz.

- Oh, gatinho! - Abraçou o garoto. - Um dia você vai se ver livre de tudo isso. Eu tô aqui pra você, tá?

- Eu não aguento mais isso, Hyung. - Retribuiu o abraço fortemente e se sentiu na liberdade de chorar.

- Você não tá sozinho, ok?

- Obrigado, hyung. - Sorriu mesmo com seu rosto molhado. - Eu tô com medo do que meus pais vão dizer quando eu chegar em casa.

- A gente pode sair depois da escola pra você se distrair.

- Ah, não sei...

- Ou melhor, a gente pode sair agora.

- Você quer matar aula?

- Sim, por que não?

- Bom... Acho que não vou conseguir me concentrar na aula de qualquer jeito.

Beomgyu não queria piorar a sua situação, mas no fundo sabia que só Yeonjun conseguiria fazer com que ele não tivesse um ataque de ansiedade. Não teria sentido ele ir para a aula e não entender nada do que está sendo ensinado.

Eles andaram até o carro do mais velho e após o carro ser ligado, andavam em direção à algum lugar.

- Onde você quer ir, gatinho?

- Não sei, acho que iria pra qualquer lugar que pudesse me distrair.

- Acho que sei o lugar perfeito.

•

O destino era um lugar não tão longe e bem familiar. A praia.

- A gente veio aqui no nosso primeiro encontro

- Eu lembro. - Sorriu bobo. - Foi incrível.