Querido diário,
Certo dia avistei a pequena Janet escondida ,de repente ela estava degustando alguns doces da sra. Bellotti, aqueles formidáveis doces. Naquele dia eu remendava roupas das meninas que agora estão crescidas - a roupas ficaram um luxo - "me deem créditos" .Fui em direção dela, de mansinho e silenciosa, curiosa então desmistifiquei-a. Janet estava tão concentrada que nem ouviu a madeira do chão destrambelhar. Certamente ela se assustou ao me ver chamá-la.
Descobri que todas elas às escondidas tinham o seu diário, inclusive Dennis.
Também neste dia conversei bastante com Janet a respeito de anotações do cotidiano, foi uma interação bastante inspiradora. Ela incentivou-me a expressar o que não poderia num momento, ou registrar acontecidos memoráveis.
Portanto venho a escrever este diário.
Há tanta coisa para escrever que não sei por onde começar, e quando começo, nenhuma ideia vem à mente.
Logo decidi escrever sobre Gwen, - minha bebezinha mais fofinha, - um totem de proteção. Meu porto seguro.
Afinal há mais vivência em Gwen do que um diário poderia ter descrito.
Ela sempre esteve presente comigo. Ela sabe de tudo sobre mim, sinto que ela pode me ver e interagir comigo.
Apenas sinto.
Mas na verdade, Gwen é apenas uma boneca.
Uma boneca que eu jamais desapegaria.
Sou quase adulta, os mais velhos aconselham eu larga-la, doa-la para uma criança encarecida de bens. Seria justo, minhas necessidades são de mulher, mas também, dentro de mim, existe ela: uma criança necessitada.
Eu preciso da Gwen.
Quando perdi Lyla, ela deu-me o concelho da fortaleza, – uma criança criativa imaginou uma boneca – algo que substitui-se minha mamãe. No fim, ainda tinha amarguras, mamãe é insubstituível, contudo Gwen fortaleceu-me, ainda hoje
Necessito muito de Gwen.
Isolde Isobel
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(Parte 1)Uma história de League of Runeterra: As Lembranças de Isolde
FanficDiante de o mundo vasto de Runeterra, histórias extraordinárias há de se contar, desde sua criação misteriosa à sedentas guerras sombrias e devastadoras, e muitas outras que seria tão comum como de uma simplória costureira, Isolde, sobrevivendo num...