11° Um dia

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P.O.V Jennie

Após eu ter pago o sexo oral, apenas ficamos em silêncio. De verdade, eu não sabia o quê falar, muito menos Lisa que estava um tanto ofegante me encarando pensativa. De fato, parecia que ela podia ler meus pensamentos, o quê seria estranho demais se isso acontecesse, e eu teria até mesmo vergonha.

Sério. Eu já pensei e penso inúmeras vezes o quão eu amo essa garota.

Bastou alguns minutos para voltarmos ao normal, e ficarmos conversando. Lisa me contou algumas coisas básicas sobre si também, disse não se lembrar da própria mãe, afinal, a mesma tinha falecido quando minha soulmate tinha apenas quatro anos. E desde então, nunca escutou ninguém mais falando sobre a mesma, até que um dia Lisa questionou, sem sucesso. Ela queria até mesmo visitar o túmulo, mas nunca conseguiu ao menos realizar algo tão simples. Por isso parou de fazer perguntas, ao ponto de ter se tornado alguém calada perto da família, até mesmo do pai.

- Isso te incomoda?

- Como posso me incomodar com algo que nunca tive, Jennie?

- Ah... Não sei. Você com certeza queria atenção do seu pai.

- Não. Eu tive babás ótimas, e assim esqueci que o Jinyoung estava em minha vida.

- Ele foi pai cedo, acha que é motivo para não ser presente?

- Tanto faz, sério. Não me importo.

- Creio que se importa sim.

- Não! —Diz emburrada. — Posso ter magoas, mas não importo com a falta de presença de alguém que deveria cuidar de mim.

- Sinto muito por isso.

- Ok. Quer falar sobre sua família?

- Já te falei sobre. Tem algo que queira perguntar?

- Não.

- Nenhuma curiosidade?

Lalisa pareceu pensativa, ficando em silêncio durante poucos segundos, até sorrir e negar com a cabeça.

- Tudo bem, então. —Me sentei, esticando o braço para pegar meu celular na mesinha ao lado do sofá. — Já são quatro horas. Como passou tão depressa?

- Fazer sexo, estranhamente, faz o tempo passar mais rápido.

- Lalisa. —A encarei séria. — Você tem certeza que sua idade é vinte?

- Completo vinte e um daqui dois meses, senhorita.

- Sendo nova, você deveria ainda ser virgem.

- Ah é?

- Sim. Sua primeira vez deveria ser agora, comigo.

- É? —Ela deu risada.

- Sim. Você é nova...por isso

- Não se preocupe. Perdi minha virgindade ano passado, então sem preocupação.

- Hum. —Larguei meu celular, voltando a deitar ao lado dela. — Foi horrível?

- Minha primeira vez?

- É.

- Apenas estranho, mas era algo que queria, então não posso reclamar tanto.

- Foi com garoto?

- Foi sim, apenas uma vez para nunca mais repetir, com nenhum homem.

- Por que? Estava confusa?

- Vamos mesmo falar sobre isso?

- Sim, lógico. Me conta.

- Eu não estava confusa, e sim triste. Então pensei que tentar gostar de algum rapaz poderia melhorar alguma coisa em relação a minha família. Apenas isso.

Um dia {Soulmates} concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora