Um dia {Soulmates} concluído

9° Chaesoo {Cap especial}

P.O.V Jisoo. 🐰

Cruel. Uma enorme crueldade. Apenas isso.

Eu ainda a amo feito a primeira vez que a vi. Eu a amo desde que soube que tinha uma soulmate. Eu a amo desde à primeira vista. Eu a amo completamente.

Meu primeiro amor. Meu único amor.

Cruel. Tão cruel o quê fui obrigada a fazer.

Ela foi a única que amei, e eu não sei mais o quê fazer.

Meu coração está partido. O dela também estava. Chaeyoung chorou tanto, e eu também. Mas não chorei por conta da sua emoção, eu estava mesmo destruída. De qualquer modo eu choraria durante dias, mas não na frente das pessoas igual aconteceu.

Até mesmo quando toda família tinha se reunido, faltava poucos minutos para jantarmos e eu simplesmente chorei.

Rosé estava chorando. Era outra triste noite para o meu amor.

Ninguém se importou com o meu choro, estavam acostumados com minhas emoções inesperadas. Vovó xingou minha soulmate, me lembrando que o quê estava acontecendo era por culpa dela. Eu corri para o meu quarto, me encolhi na cama e chorei desesperadamente. Chaeyoung estava chorando tanto. Eu estava chorando tanto.

E não foi a última vez. Suas emoções estavam intensas demais, se refletindo sobre mim. Meus avós brigaram comigo por conta disso. Implorei muito para o vovô não me machucar, pois Rosé não merecia mais dores.

- Por favor, Rosé, não dúvida do meu amor. Por favor, não dúvida do meu amor. Por favor, por favor! —Eu dizia para mim mesma, repetindo como uma prece, enquanto colocava um novo band-aid em cima do nome da minha soulmate.

Eu ia todos dias para faculdade, quando tinha aulas, já que não iria faltar pois meus avós não pagaria algo que eu não fosse fazer, e além disso, era melhor do que ficar em casa. 

Eu sempre fazia minha "prece" antes de sair da mansão, mas sempre que chegava na faculdade, Park não estava lá. Ela faltou durante duas semanas, apenas tinha notícias dela por conta da Jennie.

E no dia que eu a vi, andando pelo corredor e passando reto por mim, doeu. Ela não estava tão arrumada igual antes, apenas roupas simples e seu cabelo loiro solto que tampava a metade do seu rosto.

Sei que ela sentiu minha presença ali, mas não levantou a cabeça em nenhum minuto e me procurou, apenas continuou andando.

E foi assim durante dias. Tudo bem, ela precisava me ignorar. Apenas não deveria ter chorado quando estávamos estudando, em salas diferentes, e eu ter que chorar também. Foi horrível.

A encontrei no banheiro, ainda chorando. Ela se encolheu no chão, abraçada em seus joelhos e desviou seu olhar de mim.

- Para de chorar.

- Não fala porra nenhuma comigo!

- Chae.

- Não fala comigo! Não fala! Eu estou com meu coração partido! —Ela chorou mais ainda, tendo eu me apoiando na mármore da pia enquanto chorava também.

Respirei fundo, eu precisava acalmá-la, mas precisava me acalmar primeiro. Não adiantou. Eu estava sofrendo também.

- Você escondeu o meu nome! Eu vi essa porra de curativo em meu nome!

  Olhei meu antebraço, o curativo com corações partidos combinava comigo. Mas aí percebi. Rosé estava me vigiando. Ela notou o seu nome escondido.

- Pare de chorar. —Enxuguei minhas lágrimas, afinal, o choro dela estava passando lentamente. — Eu não tinha escolha, Rosé. Eu não tenho nenhuma escolha.