Begin Again

So call it what you want, yeah, call it what you want to

Olivia Rodrigo POV

Nova Iorque, 03 de novembro de 2022

Amaldiçoei o meu celular assim que o despertador começou a tocar, não quero sair da cama, não quero sair do conforto dos braços da Sabrina, que eu estava sentindo tanta falta pois tivemos que ficar um mês sem nos vermos pessoalmente. A primeira parte da turnê de Emails I Can't Send começou no final de setembro e foi até o dia vinte de outubro, após isso ela foi passar um tempo na casa dos seus pais e voltou ontem para Nova Iorque. Como o público não sabe sobre o nosso namoro não arrisquei ir buscá-la no aeroporto mesmo querendo vê-la logo, felizmente não precisei esperar muito porque ela veio direto para a minha casa estando com tanta saudade quanto eu.

— Será que podemos ficar em casa? — Perguntei, tentando ignorar o som irritante do despertador.

Afundei mais o meu rosto no seu pescoço, ouvindo a sua risada por conta da minha relutância em soltá-la. Uma das melhores sensações do mundo é acordar assim, com os seus braços ao meu redor, o cheiro delicioso do hidratante corporal que a Sabrina sempre passa depois do banho inundando os meus pulmões, nossas pernas entrelaçadas comigo estando com o meu corpo parcialmente sobre o seu. A ter nos meus braços ou estar nos seus, se tornou uma das minhas coisas preferidas no mundo.

— Infelizmente não podemos. — Sua voz como sempre rouca ao ter acabado de acordar, adoro esse som. Sabrina pegou o meu celular na mesa de cabeceira desligando o despertador, já largando o aparelho em seguida, voltando a ter ambos os seus braços ao meu redor. — E você precisa ir se arrumar primeiro, já que tem que sair antes de mim.

— Não quero. — A fiz rir novamente.

— Também não quero amor, mas não temos muita escolha.

Me afastei um pouco, recostando meu queixo no seu peito para conseguir encontrar o seu olhar, me deixando aproveitar do privilégio de poder me perder no azul cristalino dos seus olhos por alguns segundos. O lindo sorriso estampado nos seus lábios me fazendo sorrir de volta. Amando poder estar acordando ao seu lado novamente eu me aproximei distribuindo beijos pelas suas bochechas, testa, seus olhos, a ponta do seu nariz e queixo, até que ela parecendo impaciente quanto a minha demora para fazer isso, levou a sua mão a minha nuca e acabou com a pequena distância entre as nossas bocas.

Seus lábios se movendo de maneira lenta contra os meus, nós duas apreciando cada segundo do beijo até que a inconveniente necessidade por oxigênio fez a gente se separar. Meu corpo já se encontra completamente sobre o seu, me dei alguns segundos para respirar antes de levar a minha boca para o seu pescoço distribuindo alguns beijos numa área específica onde já sei que a Sabrina tem maior sensibilidade, a ouvi suspirar quando minha língua entrou em contato com a sua pele.

— Liv... — O que eu tenho certeza de que era para ser uma repreensão, saiu em forma de gemido da sua boca. — Amor. — Dessa vez o seu tom de voz saiu firme, a repreensão transparente, então parei com os chupões e me afastei até encontrar o seu olhar. — Excelente plano de distração, mas infelizmente eu vou ter que ser a responsável aqui e te lembrar que nós realmente precisamos sair da cama.

O lindo sorriso ainda emoldurando a sua boca, as pupilas dilatadas escondendo um pouco do azul nas suas íris, seu peito subindo e descendo em um ritmo acelerado evidenciando sua respiração descompassada assim como a minha, suas bochechas estão coradas e seus lábios mais rosados do que o normal por conta do beijo apaixonado de alguns minutos atrás. Essa mulher é muito linda.

— Tudo bem? — Sabrina assentiu e engoliu em seco, antes de me dar uma resposta verbal.

— Tirando o fato de que por sua culpa, vou ter que mudar os meus planos e tomar um banho frio ao invés de quente, tudo ótimo. — Mordi o meu lábio inferior contendo a minha vontade de rir. — E você esqueceu que eu tenho uma entrevista televisionada hoje à tarde? Esse chupão com certeza vai deixar uma marca. — Sua pele clara sempre fica marcada muito fácil.