Don't blame me, love made me crazy

1.2K 96 62
                                    

Olivia Rodrigo POV

Los Angeles, 20 de novembro de 2022

Desde que voltamos da França percebemos um assédio maior de paparazzis em cima de ambas, chegamos a ser fotografadas duas vezes andando por Nova Iorque de mãos dadas e ontem no aeroporto de Los Angeles ao chegarmos na cidade juntas, mas a mídia continua sem saber definir se é só amizade ou algo mais, afinal na percepção da maioria somos hétero, amigas andam de mãos dadas e no mundo homofóbico em que vivemos é capaz da gente aparecer se beijando e eles ainda insistirem em dizer que é só amizade, enquanto não podemos aparecer andando lado a lado com um amigo homem sem encostar nele que as manchetes de namoro já disparam pela mídia.

Acordei com o barulho do despertador do meu celular. Estranhei estar sentindo frio, pois, a Sabrina sempre deixa o ar-condicionado numa temperatura no mínimo amena, eu sou a que prefere deixar uma temperatura gelada preenchendo o cômodo, mas evito fazer isso porque a minha namorada sente frio quase que o tempo todo, mesmo quando está usando um suéter grosso ou quando tem dois cobertores por cima de si mesma.

Estiquei o meu braço buscando pela loira no outro lado da cama e abri os meus olhos ao perceber que estou sozinha no colchão, as cortinas do quarto do hotel onde estamos hospedadas continuam fechadas não me deixando ver muita coisa. Desliguei o despertador e me levantei deixando a luz do sol entrar, minha visão demorou alguns segundos até se acostumar com a claridade e eu conseguir manter os meus olhos totalmente abertos, reparei que a temperatura no visor do ar-condicionado está no dezesseis e estava no vinte dois quando fomos dormir, a porta do banheiro está aberta e não tem nenhum barulho vindo dali indicando que está vazio.

São três e meia da tarde, nós resolvemos dormir um pouco depois de almoçar na intenção de descansar antes das nossas equipes de maquiagem, cabelo e figurino chegarem para nos deixarem prontas para o evento. A Sabrina talvez tenha ido se encontrar com uma das suas amigas, que eu sei que também estão hospedadas no hotel para o American Music Awards.

Fui para o banheiro esvaziar a minha bexiga, escovar os meus dentes e pentear o meu cabelo, após terminar sai dali na intenção de ir me trocar, parando no meio do caminho ao reparar no livro dela aberto em cima da poltrona que tem no quarto. É o caderno de capa marrom envelhecida que a Sabrina sempre está carregando de um lado para o outro e que eu nunca me atrevi a mexer, pois parece ser algo muito pessoal e privado, como uma espécie de diário, também tenho um desse onde escrevo pensamentos, letras de música ou simplesmente onde desabafo comigo mesma quando preciso.

Eu não tinha intenção de bisbilhotar, mas meus olhos ficaram grudados nas duas páginas que estão abertas vendo desenhos e palavras ali, o fato de que são desenhos de mim me pegando de surpresa. Os esboços são tanto do meu rosto inteiro como somente de partes, tendo os meus olhos e lábios também desenhados separadamente ali. Ela desenha bem, muito bem. Como que eu não sabia disso?

 Como que eu não sabia disso?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Begin AgainOnde histórias criam vida. Descubra agora