You don't need to save me, but would you run away with me?

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Olivia Rodrigo POV

Cassis, 08 de novembro de 2022

Em nossa ida para a França, felizmente não tivemos nenhum problema com paparazzis pelo caminho ou dificuldade para alugar um jatinho e arrumar estadia na cidade onde vamos ficar. Eu acabei sugerindo o local que a Iris tinha me falado para a Sabrina e pesquisando sobre juntas nós decidimos vir para Cassis mesmo, não se arrependendo nenhum um pouco ao ver que esse lugar parece um pequeno pedaço do paraíso.

Já estamos aqui há dois dias, durante o dia passamos o tempo inteiro andando pela cidade querendo conhecer tudo ao máximo, o local é encantador desde os casebres coloridos, o porto cheio de barquinhos até as praias espetaculares banhadas pelas águas cristalinas e esmeraldas do mar Mediterrâneo. A noite temos ficado na casa que alugamos, sempre pedindo comida de algum restaurante diferente e jantando na varanda da casa tendo uma bela vista para o mar.

Nesse momento já são mais de quatro horas da tarde, passamos o dia andando pelos portos e pelas praias, mesmo o tempo não estando adequado para tomar banho de mar isso não diminuí em nada a experiência maravilhosa de estar aqui. No meio da tarde a Sabrina começou a reclamar de fome, andamos por mais alguns minutos antes de avistarmos uma charmosa cafeteria no meio da cidade, a loira só olhou para mim com um enorme sorriso no rosto antes de me arrastar para dentro do local, eu pedi waffles com sorvete e ela um crepe de banana com chocolate.

— Isso está uma delícia. — Anunciou após já ter comido metade do seu crepe. Eu ri ao notar o canto da sua boca sujo de chocolate, minha namorada parece uma criança as vezes, de vez em quando me pergunto como a Sabrina pode ser a mais velha nesse relacionamento.

— Vem aqui. — Segurei o seu queixo delicadamente, apesar de surpresa com o meu ato ela não se afastou me deixando levar o guardanapo até o seu rosto o limpando, suas bochechas corando ao perceber o que aconteceu. — Pronto.

— Obrigada. — Amo o fato de que ainda consigo a deixar constrangida e nervosa. — Não estou acostumada com a gente fazendo coisas assim em público.

— Eu também não, mas é maravilhoso olhar ao nosso redor e ver que ninguém está prestando atenção na gente. — Fizemos exatamente isso agora vendo a cafeteria cheia, a maioria pessoas mais idosas e alguns outros na faixa etária dos meus pais, só ouço pessoas falando em francês então imagino que nenhum seja turista. — Não quero nem pensar no inferno que vai ser quando voltarmos para Nova Iorque.

— Você precisa parar de se culpar pelo que aconteceu, foi um acidente. — Não é a primeira vez que a Sabrina me fala isso, mas a culpa continua me corroendo. — Amor. — Foi a sua vez de segurar o meu queixo, me obrigando a encarar o seu olhar. — Vamos enfrentar o que quer que esteja nos esperando em Nova Iorque juntas, seja paparazzis, mídia ou fãs em cima da gente, vai ficar tudo bem. — Assenti.

— Eu te amo. — Sabrina tirou a sua mão do meu queixo a levando até a minha, entrelaçando os nossos dedos.

— Je t'aime. — Pronunciou num francês perfeito me fazendo sorrir, eu cobri a sua boca com a minha em um beijo casto e rápido já que estamos em público. — O que eu vou ter que fazer para você parar de se culpar pelo que aconteceu?

— Não tem nada que você possa fazer para isso acontecer. — Respondi honestamente, desviando o meu olhar do seu.

— Isso foi um desafio? — Voltei a olhar para o seu rosto vendo um sorriso travesso ali.

— Não, mas pelo jeito que você está me olhando agora já vi que do seu ponto de vista foi e estou com medo do que pretende fazer para provar que estou errada.

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