XIII

1.2K 111 18
                                    

(Olá! Capítulo não revisado, então qualquer erro ortográfico, por favor avisar!)

- ... Droga! Vai me encontrar?!

- Vou. Floresta.

Afirmo contrariada e me levanto dando alguns passos a frente, vendo a multidão que estava à frente da casa, sorte a minha que estava na lateral. Respirei fundo e corri rapidamente, escutei algumas vozes dizendo "Olha ela ali" mas não parei indo o mais rápido que podia.

Eu deveria ter ido para a floresta mas a casa dos Sawyers era bem mais próxima, e passei por ela indo para o quintal, e entrando na casa me escondendo ali.

Droga.










Abafei um grito com a minha mão, assim que me deparei com um cervo morto na minha frente. O cheiro de carne podre estava sobre a casa toda além do calor que estava.

Vejo uma espingarda acima da chaminé que havia na sala, e corri para lá mas me escondo atrás do sofá, assim que atiram algo pela janela.

Eu corri e alcancei a espingarda voltando para trás do sofá, porém, um odor forte de gás invade a sala e arregalei os olhos assim que ouvi do lado de fora, que iriam queimar a casa.

Assim que iria sair da sala, me assustei ao ver um quadro grande com um retrato da família Sawyer. Era notório o olhar assassino e sombrio nos olhos daquelas pessoas, e se pode chamá-los de pessoas. Vi a imagem dos irmãos de Bubba, e por fim... Tommy, seu rosto era escondido por uma máscara grande porco. Eu senti pena na hora.

Rapidamente lembrei que a minha vida estava em jogo, e corri para a cozinha a vendo suja com cigarros e garras de vidro estilhaçadas em todo o lugar. Não havia pessoas na parte de trás, então assim que alcancei a porta e consegui abri-la... Houve uma explosão, a qual me arremessa para trás da casa e acabei gritando sentindo a queimação em minhas costas.

Fui jogada para perto da beirada, como um pequeno declínio para a areia do lago em que eu e Bubba nadamos. Tive a ideia e consegui caminhar até a beirada e caí rolando na areia, tentando tudo não emitir muito som.

Cheguei no chão de areia, peguei a espingarda e escuto alguém gritar ”Ela saiu da casa”. Tratei de correr rápido em direção a mata, não me importando se estão atrás de mim.

Cheguei na floresta e voltei à correr rápido, aos tropeços e passando por várias árvores. Alguém viu eu correr e senti várias pessoas me seguindo em passos rápidos.

Meu coração se acelera, e meus olhos marejam assim que lembro de Bubba, e me pergunto se ele está bem... Eu só queria me envolver em seu abraço quentinho.

Um tiro é disparado me fazendo gritar e avançar mais rápido contra as árvores e arbustos, tentando não tropeçar ou se quer cair. Mas então, escuto algo diferente, um som familiar de luta, e me virei.

- T-Thomas...  - Não sabia se chorar, não sabia se sorrir, ao ver Bubba atacando os meus perseguidores.

- Te achei, ratinha!   - Me assustei ao ver um homem com uma faca de bolso em suas mãos, e assim que eu ia gritar por Thomas, uma mão forte abafou minha voz.

Eles me arrastaram para longe de Thomas, me deixando apavorada.

- Para aqui.  - Diz o homem da frente que me analisa e sorri -  Sabe, quero fazer uma coisa antes de matar essa vadiazinha aí...  - E me desesperei quando esse começa a abrir a calça e abaixar a mesma, e me debati.

Não, não, não, tudo menos isso!

- Faça ela se calar, imprestável! Apaga ela!   - E não demorou para que eles acertem minha cabeça em algo, e eu perder os sentidos.



Quebra de tempo.



Senti meu corpo ser carregado, alguém caminhava comigo no colo, e aos poucos eu pude ver os traços da máscara de Bubba.
Abri um sorriso fraco de alívio e me aconchego em seus braços, e apago mais uma vez.


Acordei aos poucos, e abri os olhos vendo um clarão no teto, me virei para o lado vendo uma lareira acesa e próximo de mim me esquentando, mas.. A minha casa não tem lareira.

- O quê...? Onde... Onde estou... Ai minha cabeça!   - Resmungo sentindo uma dor forte na lateral de minha cabeça.

- Sarah.    - Escuto a voz de Thomas, grave e rouca.

- Thomas... Onde... Onde estamos? Que lugar é esse?  

- Fazenda.   - Respondeu rápido.

-   ... Ah não... Thomas.. Aqui é a fazenda da colina?   - Por favor, não. Mas infelizmente, o vi balançar a cabeça em confirmação -    .. o que você fez com o casal de idosos?!   - O olhei assustada e me encolhendo.

-  ...Você sabe o que...   - Diz baixo e senti sua mão segurar a minha, estava quentinha.

Fecho os olhos com pesar e tento pensar em outra coisa, porém, minha mente me golpeia assim que eu lembro do que passei na floresta, e me encolhi mais ainda.

-  ... Eles... Eles me pegaram... Eles tentaram... Eles... Eles conseguiram?   - Pergunto olhando Tommy, o qual me puxou para seu abraço forte.

- Não dei que machuca... Machucass... 

- Machucassem?   - Termino sua fala e ele acena com a cabeça.

- A Sarah.   - Ele terminou.

Funguei o fitando e minha visão começa a borrar e chorei agarrada à ele. O senti me confortar fazendo carinho em meu topo.

Depois de alguns minutos, consegui me acalmar, e Bubba me entrega uma lata com feijão preto e quente, começo a comer junto à ele ao meu lado.

- Não podemos ficar aqui. Não é seguro.   - Digo baixo assoprando a colher que continha um pouco de feijão.

- Eu sei.

- Podemos pegar a comida e depois ir, amanhã de manhã. É melhor antes que seja tarde.   - Eu o olho e esse afirma. Sua máscara ainda estava em seu rosto, e era iluminada pelo fogo na lareira -  Tire a máscara. Sabe que não gosto de vê-la com ela.

- Não. Depois.   - Voltou a comer e não entendi. Talvez ele tenha se ferido...

- Pois eu quer ver... Você se machucou? Se sim, posso ver se não tem algum quite de primeiros socorros aqui.

- Depois.    - Ele repete e suspirei fraco e não toquei mais no assunto.

Conheci o quarto que íamos passar a noite. Havia uma cama de casal grande, janela de madeira, um guarda-roupa, uma escrivaninha e uma penteadeira com espelho, além de um banheiro com uma banheira e a divisória para o chuveiro.

Entrei no banheiro e tirei a calça e camisa, com a porta aberta. Vejo Thomas aparecer timidamente na frente do banheiro e me olhou.

- Entre, tome banho comigo.   - Me aproximei dele e tirei seu avental cheio de sangue e o joguei no lixo -   Desculpa mas não vou lavar aquilo, e você não precisa usar -   Abri sua camisa de botões e xadrez que estava manchada de sangue ainda fresco, e a tirei vendo que havia um corte fundo abaixo do peitoral de Bubba mas já estava enfaixado -  Tommy... Tome banho e depois irei ajudar a refazer.

Ele estava calado, apenas me olhava. Entramos no box e abri o chuveiro, e após nós ensaboar, Bubba me abraça e faz carinho em meu topo, enquanto a água quente nos acolhia.

- Vamos ficar bem. É.. Vamos.  - Digo baixo.














𝐿𝑒𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑓𝑎𝑐𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑁𝑎𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎 +18 Onde histórias criam vida. Descubra agora