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- Tommy... Por favor...  - Ele me olhou e se aproxima logo me abraçando e retribui como se ele tivesse ficado dois dias fora. Eu apenas só sabia chorar o querendo por perto -  Desculpa! Não queria ter gritado!  - Digo chorona e sinto sua mão me confortar fazendo carinho nas costas.

- Tudo... Bem... Minha... Sarah.  - Diz e sorri fungando.

- Sua, só sua.


Eu estava fugindo. Correndo às pressas no meio da floresta. Eu sentia o perigo nas minhas costas.

Além disso.. Eu podia ouvir bem o som de uma serra elétrica.

Meu coração estava acelerado, e minha mente só gritava “corra” e “se esconde”... Mas se esconder de quem?

Até tudo escurecer ao meu redor. E flashs de uma mansão, uma criança, e um cemitério, se fez presente em minha mente.

Dia seguinte...

Acordo assustada ofegando, e relembro onde estou, e com quem estou.
Bubba dormia tranquilo, e percebo que ainda era bem cedo só por ver o céu ainda ganhar tons. Provavelmente umas seis da manhã.

Paro pra pensar sobre o sonho sem pé nem cabeça... Sem sentido algum... Tinha tantas perguntas...

Quem estava me perseguindo?

Qual era o motivo?

Seria Jason?

E que imagens eram aquelas?

Da onde era aquela mansão?

E aquela criança..? Era.. A minha certo? Mas parecia tão próxima da mansão...

E por quê daquele cemitério?!

Me levanto com cuidado e desci as escadas indo para a cozinha, e bebo um pouco de água.

Olhei para baixo e toquei minha barriga com cuidado.

- Então eu te vi.   - Digo baixinho -  Gostaria de saber se será uma princesa ou um príncipe... Seja o que for... Te amarei tanto, meu pequeno.

Respirei fundo e abri os olhos me deparando com um cervo à me olhar do outro lado da janela. Recuei para trás, assustada.

Porém... Alguns passos atrás dele.. Vejo um homem grande e forte, com uma máscara de hóquei. Abraço minha barriga de forma protetora.

Era ele? Jason? Se for... O que ele estaria fazendo aqui tão cedo..? E em pleno luz do dia...

Até... Tudo acontecer como num piscar de olhos para mim.

Bubba sair correndo, passando por mim pelas portas de fundo, gritando como louco e erguendo sua serra elétrica.

- Thomas!   - Avancei saindo de casa e o seguindo -  Thomas, espere! Volte!

Vejo o homem mascarado puxar dois facões de sua roupa, preparado para lutar contra Bubba, trazendo desespero em meu peito.

- NÃO!    - Gritei os olhando e eles pararam alguns segundos pra me encarar.

Mas não durou muito já que Tommy gritou novamente avançando, porém Jason levantou seu facão e o cortou no braço, trazendo dor em minha pele.

- THOMAS!

Avancei na direção deles e consigo empurrar Jason, ficando na frente de Tommy.

Eu sentia Jason me fitar por debaixo daquela máscara bizarra.

- Por favor, fique longe de nós! Sei que é humano.. Como nós.. Então... Está entendendo!   - A tontura chegava aos poucos porém me mantive em pé.

Este ainda me olhava e apenas deu as costas indo embora. Tommy pensou em segui-lo mas o impedi tocando em seu peito, dessa vez o encarando.

- Não. Vamos voltar.  - Digo firme enquanto ele me fitava ofegante.

Voltamos para casa, e lá estava eu, cuidando de seus ferimentos.

- Não pode.. Fazer o que fez novamente.. É arriscado... E não é assim que começa uma briga.  - Solto uma risada enquanto ele apenas me olhava. E sendo sincera, não sabia se ele tava bravo ou só calmo, afinal, ele havia colocado sua máscara novamente antes de o atacar -  ... Provavelmente você deve estar tentando me dar um sermão.. Mas.. Se eu não tivesse o parado... Seu braço teria sido... Cortado fora. Ou pior. Então tem que me agradecer por não estar morto agora.

Este bufou e o olhei. Ele parecia estar em discordância com tudo que eu estava à falar.. Droga Bubba!

- Me diz, você se regenera? É imortal, Thomas? Se for, me fale agora!    - Exclamo altamente com a voz embargada, e olhos em lágrimas. Ele apenas me olhou sem emitir nenhum som -  Se for.. Me fale.. Se não for.. Agradeça!   - Ele abaixou a cabeça, como uma criança recebendo sua bronca - ... Agradeça, Tommy.. E não faça eu me arrepender do que fiz...  - Soluço terminando de enfaixar e assim que me levanto, sua mão agarra meu pulso, e sou puxada para o seu colo.

- O.. Ob...

- ... Um “valeu” deve ser mais fácil para você.  - Digo sem olhá-lo nos olhos.

- ... Va... Va..leu..

Sorri pequeno e assim o encarei.

- De nada.   - Digo baixo -  ... E não irei te perdoar por causa disso.

A reação de Bubba foi me olhar incrédulo e cruzar os braços.

- Terá que... Me dar um tempinho para te perdoar.... Ou... Pode tentar fazer algo que me agrade, para eu te perdoar mais rápido...

E então... Iniciamos o nosso dia com Tommy tentando me agradar sem me tocar. Ele trazia flores, e achava pelúcias de dentro do guarda-roupa que não chegamos a abrir, e outra hora trazia frutas em uma vasilha.

Eu me fingia de difícil, negando tudo o que ele fazia.

Bubba bateu o pé me olhando irritado, isso era engraçado.

𝐿𝑒𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑓𝑎𝑐𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑁𝑎𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎 +18 Onde histórias criam vida. Descubra agora