Capítulo 4 - Sex on the Beach

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               || Jonathan Ferreira Scalzer ||

Já se passavam das 16:00 da tarde e ainda estávamos na função de remover as árvores da Rodovia, boa parte já tinha ido mas como são árvores extremamente pesadas, o trabalho era dobrado.

– Jonathan, não vai ficar legal pra nós não quando voltarmos pra Cidade, te controla, irmão! Na hora certa vamos dar o bote no cara. – ouvi Vítor dizer enquanto observávamos a equipe de Desastres Naturais remover os destroços das árvores.

Olhei de canto quando me dei conta de quem ele estava falando e respirei fundo.

– O cara é abusado, e eu não gosto de lero-lero. Na minha equipe ele não mete o dedo. – falei firme e recebi um olhar de reprovação de Vítor, mas resolvi ignorar.

Estamos planejando uma operação contra o Governador, à mando de algum superior que ainda não sei quem é, só sei que a permissão foi dada e provas contra ele estão sendo coletadas, o cara só faz merda e ainda tira onda, vai ir pro saco e não vai demorar muito.

– Scalzer, o comandante da equipe de bombeiros quer falar contigo. – falou Guedes ao se aproximar apontando a direção, assenti e caminhei em direção ao homem, que já me aguardava.

– Jonathan, certo? – perguntou e eu assenti concordando. – E você?

– Marcos. – respondeu e logo depois fez sinal com a cabeça apontando para um lugar mais reservado em meio a todo aquele pessoal.

– Está acontecendo alguma coisa? – questionei já desconfiado.

– Jonathan, a tempestade não foi o que causou totalmente o desabamento das árvores. – falou e eu olhei para ele, ainda mais desconfiado. – A primeira equipe de desastres naturais que mandaram era um bando de moleque inexperiente, a senhorita Bandeira que viu algo estranho no tronco das árvores e me comunicou.

– Marcos, estamos falando de sabotagem? Tem certeza? – questionei, porque se fosse verdade, era algo extremamente sério.

– Vem comigo. – me chamou e eu o segui, Marcos caminhava na frente, entrando na floresta ao lado da pista com a lanterna ligada procurando por algo. – Ali, à direita. – falou e eu me aproximei tentando ver do que se tratava.

– Porra... – falei enquanto me dava conta do que estava acontecendo. Puxei minha lanterna da cintura e cheguei mais perto dos tocos e percebendo que havia marcas de machado neles.

– Tem alguma ideia de quem possa estar por trás disso? – perguntou Marcos.

– Talvez, uma vaga ideia. Mas eu preciso ter certeza, porque não se trata de um civil qualquer. – falei e Marcos assentiu concordando, provavelmente entendendo do que se tratava já que metade da cidade tinha o Governador na mira também.

Olhei mais uma vez os troncos analisando tudo e tirei algumas fotos com a ajuda do flash do celular e da lanterna.

– Onde está a Bandeira? – perguntei, me lembrando da moça que veio falar comigo mais cedo.

– Foi dispensada, deve estar de volta amanhã. – falou e eu assenti. – Se precisar de algo, pode contar comigo e com meu batalhão.

– Agradeço, capitão. Mais alguém sabe disso além da Bandeira? – perguntei, enquanto olhava ao redor antes de seguir para a estrada novamente.

– Não, somente nós três.

– Ótimo, peço que por favor mantenha assim até que eu pense o que fazer. vou precisar de um relatório completo sobre o que aconteceu, preciso falar com a Bandeira assim que possível para que ela explique melhor o que acha que aconteceu.

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