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|| Jonathan Ferreira Scalzer ||
Caminhamos em direção à área externa do Hotel e notei Beatriz se encolher em seus braços, com frio.
– Não, não precisa. – falou enquanto eu tirava a jaqueta, ignorando seu pedido.
Ajudei ela a vestir a jaqueta e a mesma agradeceu com um sorriso tímido.
– Nunca vou me cansar desse lugar. – disse, se apoiando na mureta de vidro.
Dei uma olhada na vista e realmente, era um lugar bem bonito.
Olhei novamente para Beatriz e a mesma estava distraída com a vista, o que me permitiu analisar cada detalhe do seu rosto, suas bochechas estavam rodadas pelo frio e sua boca levemente avermelhada e agora, com pouco vestígio do batom.
Suas mãos foram até seu cabelo e a mesma o colocou de lado, deixando seu pescoço visível, notei que tinha uma tatuagem ali, mas não consegui identificar do que se tratava.
Me aproximei dela e ela se virou, fazendo com que seus olhos se encontrassem com os meus.
– Vamos entrar... – disse baixinho. – Você deve estar morrendo de frio... – falou levando sua mão até meu braço e esfregando levemente o lugar.
Sorri e neguei com a cabeça, apoiando meus braços em volta dela na mureta, um em cada lado e me inclinei, deixando nossas bocas quase coladas, ao ponto de sentir nossas respirações se misturarem.
– Acho melhor a gente entrar. – disse novamente quase em um sussurro enquanto seus olhos estavam vidrados na minha boca.
– Não vou fazer nada que você não queira. – avisei, ainda encarando seus olhos.
Beatriz soltou um leve suspiro e me encarou novamente, levando suas mãos em meu pescoço e me puxando para um beijo calmo, mas com muito desejo, sem dúvidas.
Aprofundei o beijo e senti Beatriz pedir passagem com sua língua, fazendo com que eu chupasse a mesma, senti meu pau dar um sinal de vida mas ignorei descendo minhas mãos até sua cintura e apertando o lugar fazendo com que Beatriz soltasse um gemido abafado em meio ao nosso beijo.
– Vamos subir? – perguntou Beatriz, quase em um sussurro ao desgrudar nossas bocas.
– Tem certeza disso? – questionei e a mesma franziu as sobrancelhas não entendendo a pergunta. – Eu sei que sabemos o que estamos fazendo, mas bebemos um pouco e...
– Estou no meu perfeito juízo, pode ter certeza. – disse Beatriz, me interrompendo. – Mas entendo se não quiser.
De fato eu a quero desde que a vi pela primeira vez, só não sabia que o desejo era mútuo, até agora.
Mas de qualquer forma, não gostaria que fizéssemos algo pelo calor que o álcool trás, apesar de não termos bebido muito, gosto de deixar tudo bem esclarecido.
Travei meu maxilar e olhei para Beatriz mais uma vez, analisando todo o seu rosto e sua expressão e fiz um sinal com a cabeça apontando para dentro do Hotel, entrelacei nossas mãos e caminhamos em direção ao elevador.
– Vamos para o meu quarto. – falei assim que entramos no elevador e apertei o meu andar na tela.
Me escorei na parede de metal e puxei a Beatriz pela cintura, a encaixando entre as minhas pernas, a observando logo em seguida.
Suas mãos subiram pelo meu corpo parando no meu abdômen, acariciando o lugar.
– Último andar? – perguntou, ao perceber que estávamos demorando um pouco no elevador.
– É. – falei, sorrindo de canto e a mesma olhou para mim com os olhos semi-cerrados.
– Vem cá. – falei, com a voz mais rouca que o normal. Já não dava mais para disfarçar o desejo tomando conta de mim.
Puxei ela para mais um beijo, minhas mãos passeavam pelas suas costas quando Beatriz acabou soltando um gemido baixo quando sentiu minhas mãos apertarem sua bunda.
Antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, as portas do elevador se abriram, fazendo com que eu agradecesse mentalmente porque tudo que eu queria agora era foder essa mulher a noite toda.
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Meu Segredo
RomanceO quanto um segredo pode ser capaz de destruir assim que revelado e até que ponto amor e desejo são suficientes?