"Não sei mais o que fazer para agradar a pessoa amada".
Quem nunca escutou essas palavras, seja de um amigo, colega de trabalho, na faculdade, enfim, em algum momento da vida você já escutou essas 'reclamações', se é que posso definir desse modo. Outra frase clássica é a seguinte: "Eu faço de tudo e não sou reconhecido e nem valorizado".
Tornou-se comum tais frases e outras tantas mais. Porém, quero deixar bem claro que minha abordagem é apenas uma análise de fatos ocorridos para ambos os lados. Estou me baseando nas palavras que muitos homens escutam das suas mulheres. Eu mesmo sou um entre tantos anônimos. ( Não escutamos por sermos injustiçados, mas, por que erramos e não percebemos nossos erros).
Permita uma explicação breve, dos pecadores, sou muito mais dos que erram, por falta de atitudes do que os que erram pelos excessos. A coisa é simples de entender, existem dois tipos de pessoas. As que erram tentando acertar, e as que erram por errar. No final das contas são todos igualmente pecadores, navegantes no mesmo mar de erros. Quando falamos de erros, em geral é mais cômodo apontar o dedo para frente do que para si mesmo. Hoje vou fazer diferente, o meu dedo está acusando aquele cara refletido no meu espelho.
A segunda frase da crônica entre aspas é complemento da primeira. Então, o certo seria dizer: "Eu faço de tudo e não sou reconhecido e nem valorizado, não sei mais o que fazer para agradar essa pessoa". Veja que a amada foi retirada da frase, não por esquecimento, mas por ser exatamente assim é que eu a escuto com frequência. Quando digo escuto, é porque sou o enquadramento do pecador que erra por ser um completo incompetente... É isso mesmo que você leu, caríssimo leitor. Farei desse texto meu chicote de flagelo.
Não sou o tipo de esposo que chega tarde em casa, não sou dado a bebidas, não tenho vícios com cigarros e nada do tipo. Sou o tipo de pessoa que conhece apenas o caminho do trabalho para casa. Não sou de sair com amigos para o futebol, nem pescarias. Sou extremamente caseiro. Quando posso, ajudo na casa, cozinhando, lavando louça, o básico. Para muitos não há nada de errado nisso. O meu único passatempo é a literatura, meu ofício de escrever e de ler. Então você me pergunta: " O que há de tão pecador e errado nisso?". Tudo... Na ótica conjugal 'tudo'. Já explico.
O fato de garantir o sustento da casa, pagar as contas, não ser dado a bebidas e tal, não é o suficiente, acredite... Não é. Temos que ser muito mais. A mulher deseja ser surpreendida, amada, valorizada como ele merece ser. Às vezes, somos levados a um comodismo perigoso, nós esquecemos de coisas pequenas que fazem toda a diferença. Uma rosa, um perfume, levar ao restaurante, não se esquecer de datas. Enfim, são tantas coisas que poderíamos fazer e não fazemos que isso vai deteriorando o casamento. Eu poderia dizer muito mais coisas, porém, cada um tem a sua realidade, e, mais do que dizer é fazer. Aprendi que as pequenas atitudes são mais poderosas do que mil palavras de amor. Perfeito nós não somos, por isso, nos esforçamos para uma melhoria contínua em nossos relacionamentos.
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O DESAFIO DE SORRIR.
Non-FictionO presente livro é o conjunto de cinquenta crônicas escritas ao longo do ano de 2022. Os textos são livres, abordando assuntos diferentes, memórias, histórias do dia a dia, conflitos pessoais, experiencias vividas. É o nosso desafio de sorrir em...