Vivemos uma revolução?
Pessoas ganham as ruas junto aos caminhoneiros, protestos e caras pintadas, gritos, palavras de ordem ardendo em dissonantes e frenéticos gritos. Do outro lado, andam dizendo que aqueles que figuram nas beiras das rodovias são desordeiros, fascistas e bagunceiros, dentre outras designações negativas, não me parece que são o que está se falando. É de fato um movimento popular brasileiro, nascido de uma indignação perante atitudes cometidas pelos mandatários do pensamento da jurisprudência. O resultado entre um e outro na disputa pela cadeira maior, foi no mínimo descompensada unicamente para um lado, enquanto o outro foi duramente reprimido, atacado e desacreditado.
Os dias se escalam cada vez mais tensos, a sensação de que estamos à beira de um grande abismo prestes a cair é cada vez maior, caminhando sem ter como se distanciar desse enorme precipício. A confusão e o caos social se alastra como fogo em folhas secas, a cada hora notícias aterrorizantes tomam as nossas mídias de assalto deixando o coração em descompasso. Começou pequeno, no domingo, logo após o resultado das urnas. Tão prontamente os caminhoneiros se organizaram e iniciou-se a paralisação nas rodovias pelo país, aqui, alí e acolá. Já no decurso da segunda-feira, quando a ala vencedora ainda comemorava, o que pareceu um pequeno movimento começou a agigantar-se, e ainda ganha corpo pelo Brasil.
Os movimentos e protestos estão fermentando a massa popular cada vez com mais força, multidões de verde e amarelo, com bandeiras e caras pintadas figuram na frente de quartéis militares em coro. A ala direita do movimento contesta os resultados, dizendo que não foram justos, que, de alguma forma, houve erros e manipulações nas urnas por meio de algoritmos específicos. A esquerda se defende dizendo que foi uma escolha legítima e democrática, enfatizando a segurança no processo eletrônico, ressaltando a necessidade do presidente reconhecer a derrota. Concernente aos protestos e pedidos de intervenção, não me parece que este se fará como deseja o povo. Não sou especialista no assunto relativo a leis e constituição, não sei bem o que dizer.
Analisando o cenário cuidadosamente, nesta já, sexta-feira, embora pareça cada vez mais distante da realidade o que o povo tanto clama nas ruas, no entanto, olhando por outro ângulo, tenho esperanças para que algo grandioso aconteça, e isso é renovador. Sei que muitos estão desacreditados que pedir para acionar esse ou aquele artigo com essa ou aquela finalidade vá resolver. Independente do quê, e como peçam, sabemos que a vitória não se dará da maneira fácil. Por favor, não sejamos pessimistas, não vamos jogar agora fria em ninguém. Eu sei com o pouquíssimo que conheço da constituição de 88, não haver espaço nela para acionar certos artigos citados, assim, ao vento, no entanto, caso apareça, repentinamente, provas irrefutáveis de uma fraude, acredito que isso possa mudar tudo. O melhor a ser feito é se posicionar ( espero que você tenha entendido ) e esperar, uma vez que as esferas superiores do poder estão em um mesmo entendimento de reconhecimento do resultado das eleições, não abrindo espaço para contestações, provocá-los de maneira inteligente dentro das quatro linhas é cabível.
Caros amigos e amigas, o tempo de se ter feito alguma coisa não passou, ainda é possível agir, algo pode ser feito... Estamos na última hora, sei o quanto é perigoso.
Pergunto novamente: A esquerda ganhou?
Às vezes, depois dos quarenta e cinco do primeiro tempo de um jogo, com um placar extremamente desfavorável pôde ser obtida vitória, maluquice, sim, concordo, porém, perfeitamente possível.
O jogo só acaba com o apito final.
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O DESAFIO DE SORRIR.
NonfiksiO presente livro é o conjunto de cinquenta crônicas escritas ao longo do ano de 2022. Os textos são livres, abordando assuntos diferentes, memórias, histórias do dia a dia, conflitos pessoais, experiencias vividas. É o nosso desafio de sorrir em...