O DESAFIO DE SORRIR.

FEROZES LUTADORAS.

   As tarefas do lar, embora pareçam fáceis, de maneira nenhuma é, pode até enganar no primeiro olhar de um observador desatento quando ao vislumbrar uma casa devidamente arrumada e com tudo em seu lugar. A sala organizada, a cozinha um brinco sem louça suja na pia ou qualquer outra desarrumação de panelas e pratos. Banheiros devidamente limpos, tudo em seu lugar, aquele perfume bem típico de limpeza. Geralmente quando nós vemos uma casa com essas características, logo parabenizamos quem promoveu tal arrumação, no entanto, não refletimos no quão trabalhoso deve de ter sido para fazê-lo com tamanho capricho. Quantas vezes eu entrei em casas de amigos, parentes, cujas características citadas acima estavam em evidência. Era tão absurda organização que eu ficava sem jeito de entrar dentro da casa, tinha receio até de sentar na cadeira ou mesmo no sofá com medo de desarrumar.
  O oposto também já aconteceu, não posso negar que, eu já entrei em casas completamente desprovidas de um mínimo de senso de limpeza e organização. Casas cujo cheiro da sujeira presente ardia no nariz, parece absurda essa afirmação, porém, é a mais pura verdade.
   Antigamente, as jovens moças, desde novinhas aprendiam com suas mães os ofícios do lar, e quão importante era dominar essa arte, não só a destreza em arrumar e limpar, bem como saber cozinhar. Hoje os tempos são outros, as mulheres estão independentes, conseguindo cargos importantes e destaques na sociedade. Hoje é comum ver mulheres ocupando os mais diversos cargos que outrora era unicamente dos homens, mas, por agora, são de domínio e maestria daquelas que em outras eras eram taxadas de 'sexo frágil'. O contrário também aconteceu, a casa com toda sua demanda, antes somente delas, agora têm os homens buscando igualar o feito e o toque feminino. É nesse ponto que vislumbramos uma grande e importante mudança.
  Às vezes, e para não dizer com muita frequência, eu tenho que ajudar a minha esposa nas tarefas do lar, e sei como é trabalhoso organizar uma casa e deixá-la limpa, com tudo em seu respectivo lugar, é por demais cansativo. Houve um tempo em que eu tive que fazer todo o serviço do lar, não só ajudar. Nessa época eu senti na pele como era complicado as tarefas que aos meus olhos pareciam tão fáceis. Por isso é que eu digo que elas não são sexo frágil, a mulher está muito a frente dos homens, são superiores em diversos pontos. A revolução que vemos acontecer de mulheres assumindo o domínio que antes eram só dos homens, para mim, é belíssima e maravilhosa. Eu desejo que cada vez mais essas heroínas ganhem o seu espaço, não para se impor e humilhar aqueles em menor posição, e sim para mostrar que também são capazes, ousadas bem como destemidas. A crônica de hoje é para render homenagens para todas as mulheres que lutaram para ter o seu espaço. Essa é uma tendência crescente, para os dois lados eu diria. O sexo frágil mostrou-se forte, enquanto o sexo que se diz forte se desdobra para acompanhar essas ferozes e incansáveis lutadoras.