ALGO NUNCA VISTO.

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       Como avaliar a situação atual?
       É praticamente impossível realizar uma análise correta, coesa e justa. Considerando que existe um desequilíbrio pulsante de ambos os lados da balança. A situação foge da compreensão, atitudes arbitrárias, descontrole emocional, enfim, são muitas as variáveis a serem calculadas. Aquele Brasil de antigamente, onde o assunto principal em qualquer lugar era o futebol, parece ter ficado no passado. Poucos sabem dizer os nomes dos jogadores que participaram da copa do mundo neste ano, por outro lado, estes mesmos, estão afiados quando o assunto é política. São tempos diferentes em um novo mundo. Nunca se viu o que agora figura em nossa nação, não se imaginava tamanha participação do povo em assuntos que antes eram exclusivos de deputados e senadores.
Pautas, leis, emendas, constitucionalidade, enfim, tribunais superiores e seus julgamentos, antes, completamente ignorados, porém, tão aguardados e assistidos nos últimos tempos. Realmente vivemos uma nova realidade.
      É difícil avaliar a situação justamente pela forte polarização política existente. Muitos desejam falar, impor a base da caneta, e não estão interessados em ouvir o outro lado, nem o próprio povo, a não ser que o que fala seja do mesmo clã. Sendo contrário, será quase impossível tecer um diálogo amigável e pacífico.
        Hoje é domingo, segundo turno das eleições presidenciais, muitas coisas importantes aconteceram nesse período, algumas, possivelmente desagradáveis. Essa crônica está sendo postada durante o período da manhã, não tenho a mínima ideia de quem vencerá as eleições, ( só para pontuar, as pesquisas apresentadas não me convenceu para nenhum dos lados ). Logo mais, no finalzinho da tarde, encerra as votações, quando a noite começar a despertar, teremos o final das apurações das urnas eletrônicas. No mais tardar, lá quase pelas oito da noite, acho eu, teremos o resultado de quem governará a nação por mais quatro anos.
         Quem será o felizardo?
         Realmente não sei.
         O meu candidato? O seu candidato? Quem sabe?
         Terminarei a crônica contando a história de um certo concurso de beleza ocorrido na selva, onde o gambá resolveu disputar. O seu desejo de vencer o concurso era tanto que ele combinou com o macaco e fez uma tremenda armação para levar o concurso como ganhador. Mesmo sendo o animal mais feito, fedido, usurpador de galinheiros, enfim, nada nele condizente com requisitos de potencial de vitória, mas, como combinado com o macaco e arquitetado todos os pormenores, estava pleno de que ganharia. O pelicano, com suas penas belíssimas, com todo o seu porte, era o favorito sem dúvidas. Quando o concurso estava para finalizar, apareceu um convidado diferente no alto de uma árvore.
          Era a onça.
          Ela olhou para o macaco, quando este se preparava para finalizar a armação. A onça o encarou, apontou-lhe uma das garras afiadas como se dissesse: Cuidado com o que você vai fazer, macaco, eu estou de olho.
            Enfim amigos, tenho apenas a desejar uma boa e tranquila votação para todos nós, não fiquem em casa, não votem em branco ou anulem. Faça a sua escolha exercendo o seu direito democrático de decidir quem será o vencedor.
            

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