06 • LAR

3.1K 214 21
                                    

(SARAH POV's)

Felizmente e finalmente ja estava em casa novamente, entretanto, com muita raiva da cecilia.

Sarah: isso foi muito vacilo seu!

Cecilia: pô, eu nem lembrei cara! - ela falou entre suspiros de raiva

Sarah: eu poderia ter dormido na rua, ou ter sido morta cecilia

Cecilia: mas não dormiu porra, não enche sarah, ainda se deu bem

Sarah: me dei bem??? agora qualquer coisinha que eu fizer aquele policial vai estar na minha sombra, pra me levar pra algum reformatório!

Cecilia: não vai, relaxa ai - ela falou com uma tranquilidade

Me irritei e fui pro meu quarto.

...

Acordei com algumas batidas na porta, me levantei sonolenta e era cecilia.

Cecilia: sarah...me perdoa, eu errei

Sarah: percebeu isso agora?

Cecilia: é sério...desculpa, eu fui egoista...

Sarah: tudo bem, perdoada - sorri de canto - por que me acordou às pressas?

Cecilia: estão atrás do hugo...e ele está escondido na nossa cozinha

Sarah: puta que pariu...pô...

Cecilia: eu nunca negaria ajuda a ele, é um dos nossos

Sarah: vai trazer problemas pra gente!

Cecilia: se entrarem, e matarem ele, falamos que ele entrou escondido - ela disse em tom baixo

Sarah: super vão acreditar - arfei estressada e fui descendo silenciosamente

Hugo: pô sarah, que bom te ver

Sarah: bom nada hugo, não quero problema, você sabe que o th não iria querer você aqui, coloca os três em risco

Hugo: eu sei, mas pô, não tinha onde me meter cara, fortalece ai

Olhei pra cecilia, com olhar repreensivo, porém teríamos que "acolher" ele, era meio que regra na favela.

Sarah: certeza que aqui vai ser o lugar que vão procurar, eles ja sabem os nossos fucinhos cecilia

Cecilia: fucinhos - ela riu - vamo ficar de boa, não cola nada

Hugo parecia tão tenso, como uma presa indefesa, a guerra quando começava, terminava tardiamente por aqui.
Geralmente muitos morrem, porém mais civis.
Escutamos tiros na rua de trás.

Hugo: já era - ele se levantou nervoso e começou a andar de um lado pro outro chorando

Cecilia estava desesperada.

Cecilia: se esconde! se esconde - ela empurrou ele pra cozinha

Fiquei apenas observando a cena, até que escutei batidas na porta, me levantei calmamente e abri.
Era o bope, agi naturalmente.

Sarah: boa noite senhores

Fernando: boa noite senhorita, vamos revistar a casa - ele falou ja empurrando a porta, ele, samuel e mais um entraram

Cecilia: ESTÃO LOUCOS!!? - ela se entregou, os dois policiais seguravam cecilia que esperneava, chutava, mordia, enquanto samuel foi pra cozinha, como um lobo...solitário e muito atento

Respirei fundo torcendo pra ele não encontrar hugo.
Mas rezando pra isso acabar logo, meus olhos estavam cheios de lagrimas e estava me faltando ar, mas evitava transparecer.

Em alguns minutos ele apareceu arrastando hugo, ainda com vida, mas de uma maneira tão bruta que ele não conseguia se soltar.

Samuel simplesmente atirou na cabeça dele na frente de cecilia e jogou ele nos pés dela.

Samuel: cala a boca pirralha - ele falou friamente olhando nos olhos dela, que se calou

Estava pálida, no canto da sala, com os olhos vermelhos, nariz e lábios também, com as mãos tremendo e quase sem respirar vendo todo aquele sangue se espalhar, samuel olhou pra mim, me analisando.

Ele veio até mim enquanto os policiais arrastavam hugo e cecilia pra fora.

Samuel: o fim é triste...sua amiga esta indo presa por ser cúmplice.

Sarah: não...eu não posso ficar aqui, me leva pelo amor de Deus - falei estendendo as mãos

Samuel: por que não vai ficar?

Sarah: eu tenho medo de ficar sozinha - falei rapidamente enquanto uma chorava lentamente

Ele me olhou por alguns segundos, e passou as costas da sua mão lentamente na minha bochecha, secando minhas lágrimas.

Olhei em seus olhos, e finalmente respirei fundo.

Samuel: não posso te prender... - ele respirou fundo - mas posso tentar te ajudar....ainda tenho coração

Sarah: poderia não ter matado ele na minha frente...

Ele riu.

Samuel: ficou com medo?

Sarah: fizeram o mesmo com meu pai

Samuel ficou calado, e depois de alguns segundos disse "vamos." e saiu de casa, eu lhe segui, sem entender o que estava por vir, com medo do que aconteceria com a cecilia, com a cena do hugo se repetindo, e com frio.

OPERAÇÃO FLOR - BOPE Onde histórias criam vida. Descubra agora