(Samuel Pov's)
A semana foi tranquila, tirando a confusão que era sarah.
Final de semana eu estava folgando, e a garota queria sair, sozinha.
Eu não me importaria...se algo não me dissesse pra ir com ela, afinal, responsabilidade minha.Quando nos encontramos na sala, ela estava....muito....
Sarah: aonde acha que vai? - ela me tirou dos meus pensamentos
Samuel: com você - sorri
Não consegui tirar meus olhos de todos seus detalhes, desde seu rosto até os pés.
Sarah: e você vai assim pra uma boate? - ela riu e me olhou com avarezaMe sentia confortável com roupas formais, então sim, pensei.
Samuel: uhum, vamos?
Sarah: já que eu não posso evitar né, vamos, agora...não fica no meu pé
Ri seguindo ela em direção a garagem.
Entrei no carro e ela entrou no banco do passageiro, ao meu lado, esperei o portão elétrico fechar, daí, acelerei.Samuel: onde é? favela?
Sarah: você nem disfarça, mesmo sem farda, parece um policial
Samuel: e estou armado
Sarah: porra, pra que???
Samuel: é um direito meu, eu tenho porte, não tem pra que ou por que - debochei - qual a boate?
Sarah: casa da matriz
Samuel: sei onde é - falei com segurança e pisei no acelerador
Sarah: não precisa voar, eu quero chegar la viva - ela debochou
Apenas dei uma leve risada nasal e permaneci calado, tentando entender o que havia acontecido mais cedo, quando vi a garota...
Antes dela atrapalhar minha linha de raciocínio...eu sabia que não podia sentir isso, não podia sentir nada.Sinta repulsa por sentir.
Respirei tranquilamente e fiz a curva, la estava a boate, abarrotada de pessoas vazias, sai do carro meio tenso e segui sarah, que caminhava confiante, com facilidade entramos, ela era amiga do segurança.
Sarah: beba o que quiser, é por minha conta - ela sorriu ávida, e eu logo lhe perdi de vista
O funk clássico alto do rio de janeiro, tocava alto, em um nível ensurdecedor pra alguém que estivesse sã.
Eu não deixaria ela pagar nada, então fui até o barman.Samuel: o que tem de melhor e mais caro? - umedeci os lábios
não identificado: Vale verde irmão, mil e trezentos, doze anos
Samuel: pode ser
não identificado: Ótimo - ele sorriu e abriu uma gaveta, única, com uma chave e cadeado, aquilo parecia ser uma preciosidade para eles, ele colocou a garrafa na bancada e começou a me servir
Lhe paguei logo, e bebi um pouco, era...aceitável.
Logo notei os olhares sob mim, olhos rápidos e interesseiros.(Sarah Pov's)
Cheguei bem perto do garoto lhe provocando e ri, virei mais um copo e já estava louca pra caralho, é tão bom ser fraca pra bebida.
Guilherme: eai? vai deixar rolar - ele sorriu e eu me aproximei, lhe beijando calmamente, o garoto envolveu suas mãos em meu corpo, ele não parecia ter certeza no que fazia
Ele não tinha certeza em nada, me afastei rapidamente engolindo em seco e forçando um sorriso, apesar de ser gatinho, era feio em quesito beijo bom.
Porra, que vacilo.Distrai ele e me afastei, tentando procurar um novo entretenimento, logo notei samuel rodeado de garotas, se elas sonhassem que ele é um filho da puta, ficariam longe.
Me aproximei sem pretensão e sem entender, quando vi a garrafa de vale verde na bancada, arregalei meus olhos, porra, essa é a bebida mais cara do cardápio daqui? ele quer me fuder?
Cautelosamente cheguei em samuel.
Sarah: bebeu isso tudo? sozinho? - olhei pra garrafa que estava na metade
Samuel: uhum - ele falou um pouco arrastado
As garotas se afastaram irritadas.
Sarah: eu deixo você sozinho por minutos e você compra a garrafa mais cara do estabelecimento?! - falei meio arrastado também
Samuel: relaxa, posso pagar até duzentas dessa - ele retrucou
Sarah: ta bom então - peguei a garrafa e virei toda - quero outra
Samuel: escutou? - ele olhou pro barman, que logo correu pra uma porta e voltou com outra garrafa e um sorriso imenso
Eu gostei dessa autoridade...peguei um copo de 500ml e enchi, deixando o resto pra samuel, que nem se importou.
...
Já eram 2:33 da manhã, estava tão bebada, que tudo soava como
uma boa ideia ou engraçado.
O lugar estava menos abarrotado, tinham umas 30 pessoas agora, samuel estava no sofá, bebendo sozinho e no celular resolvendo alguma coisa.Que saco, minha cabeça latejava, e tudo meio que girava, tonteei algumas vezes até me jogar do lado de Samuel.
Samuel: quer mais?
Sarah: não - ri arrastando a voz e olhando pra ele
Samuel: quer ir embora? - ele não parava de olhar pro celular, que saco!
Ele não vai olhar pra mim?Sarah: larga isso - desliguei o celular dele e ele finalmente me olhou
Samuel: qual foi? - ele respirou fundo e me olhou nos olhos
Sarah: dá pra prestar atenção...em mim - olhei para seus lábios e sorri
Samuel: é o que estou fazendo
Puxei ele pela gola, e em um impulso muito mal pensado, beijei samuel.
Ele não recuou ou apontou um fuzil pra minha cabeça, felizmente.
Mas passou as mãos na minha cintura, e sem hesitar, me puxou pra cima dele, trazendo um conforto pro beijo.Se eu soubesse que ele beijava tão bem, teria lhe beijado antes.
Não me contive, e arranhei de leve seu peitoral, ainda enquanto lhe beijava, o calor e tesão entre a gente só aumentava.
Segurei calmamente em sua nuca e ele diminiu a velocidade do beijo, até parar.Me afastei de leve, ainda com as mãos na sua nuca e olhei para seus olhos altivos, ávidos, ambiciosos.
Maldosos, eu me perdi aqui.
Aquele olhar, me tirou do "encantamento" do álcool, me lembrando o quanto ele podia ser ambicioso, assassino.Pisquei algumas vezes até me distratar e rir, rir pro nada.
...
Me joguei na cama e dormi, sem banho, estava muito tonta, tudo que eu queria era dormir até segunda-feira.
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OPERAÇÃO FLOR - BOPE
FanfictionDuas realidades diferentes; uma moradora comum do complexo da maré, e um recente prodígio do bope. De família rica, advogados, também formado em direito, mas com uma sede de sangue e justiça maior. Um adolescente que se tornou rico, porém, o dinheir...