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— Bom, não sei o que aconteceu, mas me perdoe por algo que fiz. —Rubens se senta na minha frente e aquela sensação do dia volta novamente — minha mãe lavou sua roupa. 

— me entrega a bolsa com a calça imagino, já que eu estava descalça e sem blusa. 

— Obrigada, eu que tenho que pedir desculpa por sair daquela maneira, vocês não mereciam aquilo, confesso que fui ingrata. — levo o garfo com o steak para a minha boca para evitar falar com ele, mas logo minha consciência pesa — creio que eu não poderei ser amigos, obrigada por tudo mas me esquece.

— Mas por quê? O que aconteceu?

— Nada. Só somos diferentes, é isso. 

— Disso eu sei, a gente precisa conversar, mas não aqui e nem agora. Amanhã te conto tudo o que sei, e você não precisa ficar com a consciênciapesada. Quem errou foi meu pai e não você. Olha, Deus tem os seus propósitos possa ser que minha mãe descubra e possa ser que não. Mas no fim eu sei que vai acontecer o que tiver que acontecer.

— ele abre um sorriso delicado e volta atenção ao seu celular. 

Respirei fundo relaxando o meu corpo, isso está muito estranho e preciso saber como ele sabe tanto da minha vida o que será que esse garoto quer comigo, se ele andou me vigiando todos esses anos, por que raios finge que não me conhece e ainda vem falar desse tal Deus que deve estar muito ocupado para a minha pessoa. 

Como se estivesse lido os meus pensamentos ele me solta: "Ainda que o seu pai e sua mãe esqueçam de você, Deus nunca esquecerá, ele espera por você".
Nos pequenos segundos que ele entoava essas palavras fiquei perplexa com que vi e automaticamente me arrepiei. O seu rosto brilhava e na altura do coração foi o ponto de saída de uma luz na cor branca. Sua voz saiu com um som diferente, um tom que não sei explicar, com certeza era muito específico.Não sei do que esse menino está falando, mas sei que essa brincadeira está perto de acabar custe o que custar comigo ele não brinca, ou irá se arrepender.

Ainda nervosa com as brincadeiras sem graça do meu até então amigo, resolvo ir em sua residência; por ela ser longe do meu apartamento escolho uma roupa confortável para aguentar a viagem

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Ainda nervosa com as brincadeiras sem graça do meu até então amigo, resolvo ir em sua residência; por ela ser longe do meu apartamento escolho uma roupa confortável para aguentar a viagem. Se ele pensa que vai brincar comigo, acho melhor ele tirar o cavalo da chuva.Assim que termino o trajeto o chamo no portão batendo palma e gritando um "ô de casa". A pessoa que me atende é a senhora que me ajudou no dia anterior, assim que ela surge no portão eu a encaro com um olhar de raiva. 

— Olá, tudo bem? Preciso falar com o Rubens ele está? — Minha voz sai apressada e revela minha falta de paciência.—

Claro meu amor, entre por favor. Mas aconteceu alguma coisa? Você me parece nervosa...

— Isso não tem nada a ver com a senhora.

Me sento em seu sofá e logo o homem aparece um sorriso no rosto, esse caralho deve pensar que estou aqui para brincar e se for isso ele está muito enganado, eu suspiro e espero ele sentar e cruzo minhas pernas. Cruzando os dedos um nos outros o encaro como se fosse a última pessoa no mundo, ninguém é capaz de brincar comigo assim por muito tempo.

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