Esteban Martín
Mais uma vez trabalhando e administrando todas as unidades de cada canto do mundo, muitos só olham a parte boa de ser dono e nem imaginam o corre por trás, acaba olhando cada entrada e saída de cada colaborador. Um tédio confesso, mas tudo bem escolhi isso para a minha vida. Preciso ir para o outro lado do oceano para conversar com uma certa morena dos cabelos pintados.
Encaro o meu cachorro que se deita em cima da cama feita pelas mãos de Olinda, uma menina que muito amei nessa vida.
— Lucios, tu és muy importante meu amigo. — passo a mão na cabeça do meu cachorro — tenho certeza de que melhorará logo, Olinda foi muito importante também, mas ela está em um lugar especial.
Falo para o animal que não foi o mesmo depois que minha irmã partiu, Olinda, uma loira incrível que adotou Lucios ainda pequeno quando foi achado dentro de um buraco na parede, possivelmente se escondeu ali para não sofrer mais agressões de pessoas perversas. Meu coração dói só de imaginar o que ele passou quando filhote, e hoje ele me salva todos os dias de mim mesmo, se esse velho amigo morrer não sei como será daqui para frente. Levo ele para a sua caminhada noturna no pé da praça e solto a coleira para brincar no pequeno espaço para cachorros.
Aproveito para brincar a noite toda com o caramelo forte igual pitbull, e assim que chego em casa vejo que é perto das duas da manhã, tiro a coleira do grandalhão e parto para o banho a imagem de Olinda não sai de minha mente...—Irmão, vamos para a praia o sol está queimando tudo — sua voz saiu doce enquanto sinto ela pular em minhas costas — por favor, prometo que irá se divertir.
— Tudo bem, vamos sim meu amor. Pega as suas coisas, linda.
Realmente Olinda tinha razão, tinha um sol para cada ser humano deCancun, fomos andando pela sombra e a baixinha não parava de tagarelar um só segundo parecia uma criança. Finalmente chegamos, sem dá uma única palavra a minha irmã se levantou da areia quente e foi em direção ao mar, antes de entrar na água me olhou e gritou se certificando de que o mundo iria escultar suas doces palavras.
— Eu te love até a eternidade, vem pegar uma onda comigo a água está gostosa — ri com os seus gritos e respondi um não de volta, pior merda que fiz eu deveria ir com ela.
Fui pegar uma cerveja e quando volto não vi mais Olinda, apenas um grupo de pessoas andaram até a margem e ficam conversando, não dou muita importância aqui é comum peixe encalhar e tive certeza de que era uma baleia dessa vez.
— Ela gritou, um tal de eternamente... será que a intenção era se matar? Uma pena que o rapaz que ela gritou nem deu bola — um menino passoucomentando ao meu lado, estranho o seu comentário e volto o olhar para a roda.
Essa fala é de minha irmã, Olinda que disse isso antes de entrar no oceano.
Corri até a roda pedindo licença e o que meus olhos encontraram acaboucomigo. Uma loira caída na cama de areia, sua pele sem vida e os olhos profundo olhando para o nada. Morta, a mulher da minha vida estava morta e nem consegui salvar. Por minha culpa ela se foi, abraço o seu corpo e choro por sua ida tão rápida quanto o seu nascimento.
— É namorado dela? — ignoro a perguntam que me fazem e só consigo sacudir o corpo de Olinda.— Irmã, o que aconteceu... Olinda, por favor fala comigo mana, me perdoa por favor.
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Catarina
RomanceCatarina é uma jovem que acaba por procurar um romance onde não tem, envolvida com o mundo sem a preocupação com as consequências. Conhecendo Rubens ela descobre que nada é por acaso e que sempre existe alguém para cuidar de nós nos momentos de a...