Capítulo 11 - Amando

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Maraisa Pereira | Point of view



Acordei no dia seguinte, Marília ainda dormia ao meu lado da cama, ela repousava sua mão em meu ombro como se não quisesse romper o contato, olhei bem em seu rosto ela fazia um biquinho ressonando enquanto adormecia, meu Deus, até dormindo ela é linda.

Me levantei para tomar um banho pra ver se eu acordava antes de ir pra escola, e quando saio do banheiro vejo Marília coçando seus olhos.

— Bom dia. - Eu falo.

— Bom dia. - Respondeu com a voz rouca. - Dormiu bem?

— Muito bem. - Disse dando um beijo nela.

— Er... você me espera enquanto eu tomo um banho rapidinho, aí a gente desce junto pra tomar café?

Eu confirmo com a cabeça.

Me arrumo pra parecer um pouco mais apresentável a esse hora da manhã e poucos minutos depois Marília sai do banheiro e descemos pra tomar café.

— Que barulho é esse? - Pergunto ouvindo um barulho de bola.

— É meu irmão. - Marília diz. - Estamos em época de campeonatos estudantis no colégio, eu sei disso porque nesse período meu irmão aproveita cada minuto do dia PRA FICAR BATENDO ESSA BOLA DE BASQUETE! - Ela grita essa última frase para João que estava do lado de fora da casa.

— E você deveria aproveitar pra praticar um esporte minha filha. - Diz seu pai, me cumprimenta entrando na cozinha com um jornal debaixo do braço e colocando café no copo. - Você é muito sedentária. - Afirma ele.

— Pai, eu e os esportes não combinamos, o máximo que você vai me ver exercitando é jogando PlayStation VR!

— E o que é isso? - O pai dela pergunta com uma cara.

— É um jogo de vídeo game com realidade virtual que acompanha nossos movimentos.

— Chega de vídeo game, você já tem o suficiente né. - Ele fala saindo da cozinha lendo o seu jornal e tomando um gole de café.

E Marília tinha razão, estamos em época de campeonatos estudantis, assim que chegamos na escola ela estava tomada por bandeiras, uma euforia de torcidas e times de tudo quanto é categoria, natação, basquete, futebol, algumas de nossas aulas são até dispensadas para que os alunos assistam aos jogos.

Nossa sala se esvazia e só fica eu e Bruno.

— E aí Marabrisa, como andam as coisas com a Marília? - Pergunta ele.

— Ótimas, hoje eu dormi na casa dela. - Respondo.

— Huuum, já está assim é? - Ele levanta a sobrancelha.

— Para seu bobo, não é nada do que você tá pensando. - Dei um tapa em seu braço fazendo o rir. - E você... dormiu na casa do Julyer ontem.

— Aiii Maraisa! - Ele fez uma pausa dramática. - Rolou.

— Sério? - Arregalei os olhos. - Vocês... - Gesticulei me fazendo entender.

— Siiiim! E ele foi tão maravilhoso comigo, carinhoso. - Disse ele suspirando e eu não consegui conter o riso.

— Para de ficar rindo de mim! - Bruno diz. - E você e a Marília?

— Eu tô afim, só que tô querendo ir mais devagar com ela, ela ainda é virgem. - Expliquei.

— Mas ela já deu algum sinal de que tá afim?

— Às vezes quando estamos nos amassos eu percebo que ela fica excitada, e hoje quando estávamos dormindo juntas ela também ficou.

GEEK - malilaOnde histórias criam vida. Descubra agora