Capítulo 32 - Matando a saudade

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Marília Mendonça | Point of View




Depois de cinco horas de viagem Maraisa me manda uma mensagem dizendo que havia chegado em sua casa, achei melhor esperá-la na minha para que ela pudesse matar a saudade de seus pais e seu irmão primeiro. Coloco o envelope ainda fechado da universidade em cima da minha cama e desço até a varanda da frente da minha casa e sento na escada a esperando.

Quinze minutos depois, vejo seu carro estacionando em frente a calçada de minha casa, quase sem acreditar levanto da escada e vou correndo até ela enquanto desce do carro de braços abertos para mim. Quando chego até Maraisa a abraço tão forte que ela chega a dar um tranco para trás.

— Oh meu amor! – Ela diz com a voz abafada já que esta com o rosto em meu pescoço enquanto me abraça.

— Isa! – A encaro por alguns segundos e a beijo tão profundamente que é quase impossível nos desgrudar naquele momento.

Continuamos nos beijando encostadas no carro e Maraisa enfia sua língua em minha boca e acaricia minhas costas e depois sobe suas mãos até meus ombros, seu beijo é tão bom que a aperto mais contra o carro tentando matar toda a minha saudade, dou mais alguns selinhos e encaramos uma a outra sorrindo, não acreditando que estamos juntas novamente.

— Lila... – Ela diz ofegante. — Estou morrendo de saudades de você e de seus beijos, mas confesso que estou muito ansiosa pra saber o que está escrito naquele envelope.

— Eu sei, eu também. – Pego em sua mão e vamos em direção ao meu quarto.

Entramos lá e vejo Maraisa um pouco tensa assim que vê o envelope em cima da cama ela senta na minha poltrona predileta e eu pego o envelope me sentando perto dela. Abro o envelope e dou um suspiro alto tirando a carta de lá, a desdobro e leio enquanto Maraisa olha pra mim atentamente.

Olho pra ela e dou um sorriso.

— EU PASSEI ISA! EU FUI ACEITA! – Digo emocionada.

— PASSOU? – Diz ela se levantando da poltrona.

— Sim! Sim! – Sorrio mostrando a carta para ela.

— Ai Meu Deus, eu não acredito! – Ela me abraça chorando. — Eu não acredito. Deu certo. Deu certo.

— Nós vamos ficar juntas Isa. Nós vamos ficar juntas... – Falo enquanto ela me abraça mais apertado ainda.

— Eu sabia! Eu sabia! – Ela me dá vários beijos no meu rosto. — Você é muito inteligente.

— Deu certo... – Falo mais calma e nos beijamos novamente.

Sentamos na cama relendo a carta novamente como se não acreditássemos no que estava acontecendo. Namoramos um pouquinho também matando a saudade do seu corpo, do seu cheiro, da sua boca, mas não nos aprofundamos muito, pois meus pais estavam em casa.

— Agora você vai ter que me aturar pelos próximos três anos, mais ou menos. – Falo para Maraisa enquanto ela beija meu pescoço.

— Até mais se você quiser.

— Será que eu vou conseguir dar conta, de estar em uma universidade? É o começo de uma fase adulta, e eu me sinto imatura às vezes, pra essas coisas. – Admito meu medo.

— Amor, de todas as pessoas que eu conheço, pra mim, você é que está mais preparada, mas qualquer dúvida que você tiver eu vou estar lá pra te ajudar.

— Ok! – Balanço a cabeça suspirando.

Lena me abraça sentindo meu cheiro em meu pescoço.

— Huumm saudades de você Lila.

GEEK - malilaOnde histórias criam vida. Descubra agora