Terça-feira, 7 de abril de 2020.
Esse era meu último ano no ensino médio. O jeito como ele passou super rápido é aliviador, porém triste. Sei que ainda estava no comecinho do ano e que não era hora de pensar nessas coisas, o que eu devia estar fazendo era estudando para, no final do ano, me sair bem nos vestibulares e garantir que passasse na faculdade que quero fazer depois da escola. Mas é inevitável não pensar nisso! Ainda mais tendo a responsabilidade de ser o presidente de turma. Sou o representante deles, o líder deles. Com isso, adquiri uma relação com todos da turma, mesmo que não converse frequentemente com todo mundo. Pensar que no ano que vem vamos nos separar... Não tô preparado!
Cheguei à escola uns minutos mais tarde que o usual. Verifiquei se havia alguma carta da Cerejinha e, para minha tristeza, não tinha nada. Meus amigos não estavam na sala. Fui logo para a biblioteca, pois sabia que estariam lá estudando.
Entrei lá, já me deparando com Jungkook escrevendo arduamente no seu caderno, enquanto Taehyung estava com a cabeça na mesa e com o livro de matemática em cima dela. Sentei ao lado do preguiçoso que deixou Jungkook tentando resolver uma questão super difícil sozinho. Era uma questão de matemática. Descobri que Taehyung não deixou o baixinho — que não era mais baixinho; Jungkook estava mais alto do que eu — tentando sozinho, ele estava encarregado de desvendar como diabos se respondia uma questão de química. Juntei-me ao Tae e tentamos de novo. Jun terminou seus cálculos e veio nos ajudar também; conseguimos encontrar a resposta certa depois de quase quebrarmos nossa cabeça.
Demos um pequeno intervalo para descansar. Taehyungie pegou um mangá para ler e Jungkookie só rabiscava a última folha do seu caderno. Escolhi continuar estudando e comecei a fazer uma breve anotação sobre o assunto novo de física.
— E aí, Jimin? Recebeu carta da sua Cerejinha hoje?
— Não... — Fiz bico.
— Hã? — Jungkook perguntou na mesma hora.
— Não tinha nenhuma carta dela na minha mesa, Jungkook-ah. Talvez amanhã?
Ele franziu o cenho, mas não disse nada. Foi um pouco estranho ele ter ficado mais encucado sobre isso do que eu fiquei.
Vasculhei meu caderno e encontrei a carta da semana passada, que esqueci de guardar na minha pasta, onde deixo todas as cartinhas que ela me manda.
Comecei a ler. Os olhos de águia do Tae avistaram a minha cartinha, e ele leu também, porém em voz alta.
— "Jimin-ssi, você é tão bonito que deveri...".
— Kim Taehyung! — interrompi sua leitura em voz alta e escondi a carta na mesma hora, tendo cuidado com o volume da minha voz, pois estávamos na biblioteca.
Ele começou a rir e fiquei furioso. Argh! Esse safado sabe que não gosto de compartilhar o que está escrito nas cartas que a Flor manda para mim, e mesmo assim deu um jeito de ler.
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Com amor, Flor de Cerejeira.
FanfictionPark Jimin, um dos alunos mais populares da escola, começa a receber cartas anônimas escritas por "Flor de Cerejeira", uma estudante que é apaixonada por ele. Ela entrega cartas ao garoto constantemente, declarando toda a paixão e admiração que sent...