Park Jimin, um dos alunos mais populares da escola, começa a receber cartas anônimas escritas por "Flor de Cerejeira", uma estudante que é apaixonada por ele. Ela entrega cartas ao garoto constantemente, declarando toda a paixão e admiração que sent...
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Sexta-feira, 11 de setembro de 2020.
Meu amigo é um gênio, apesar de não parecer nem um pouquinho.
Tae me deu a brilhante ideia de escrever uma carta — como Flor de Cerejeira —, contando toda a verdade para o Jimin. Nem tudo, é claro, ele ainda não precisa saber que eu sou o autor das cartas. Sim, já fiz isso inúmeras vezes e nenhuma delas funcionou, visto que a mentirosa também é uma ladra descarada. Entretanto, dessa vez, teria um detalhe que faria a carta chegar às mãos pequeninas da minha paixão: Taehyung seria meu carteiro.
Escrevi minha última tentativa de contar ao Jimin toda a verdade e tirei prints da tela do meu computador — tomando cuidado com qualquer detalhe à mostra que pudesse entregar ao Jimin de quem era aquele PC —, provando que eu realmente era o autor das cartas.
A sensação que eu tive quando peguei o papel rosa e o envelope marrom... Sentia falta disso. De colocar num pequeno texto as coisas que sentia vontade de dizer ao Jimin. Imprimir a carta, dobrar o papel de maneira bonita e que coubesse dentro do envelope. Fechá-lo no final e, no dia seguinte, deixá-la embaixo da mesa do hyung.
Vou ficar devendo tanto ao Taehyungie hyung... Por ter me ouvido, por continuar sendo meu amigo depois de ter me assumido para ele, por me ajudar com o "rolê" da Cerejinha e me ajudar também a recuperar minha amizade com o Jimin.
Precisei faltar no dia que Taehyung entregou a carta, tive que fazer exames. Foi ridículo ter que ir acompanhado do meu pai. Desconfortável também. Não falei nenhuma palavra com ele, eu tive tanto medo. As imagens dele me batendo ainda estavam frescas na minha memória, não sei se ele teria coragem de fazer algo comigo em público, mas, pensa bem. Será que valia a pena descobrir? Não queria mais um trauma. E não falo só de ser agredido fisicamente, as palavras doem também.
Mesmo sem falar um pio, meus pais brigaram comigo. Meu grau de miopia aumentou (pra caralho) e, consequentemente, o preço da lente. Já sabia que o grau ia aumentar, só tinha feito esse exame de vista porque não conseguia enxergar tão bem com aquelas lentes velhas e vencidas, então escolhi um armação baratinha. Não era a que queria de verdade, mas... Aquela também faria o mesmo serviço da outra. Poderia comprar a que quisesse quando me tornasse independente e tivesse meu próprio emprego.
Cheguei na escola no meu horário usual e em poucos minutos meu amigo sem vergonha também chegou. Assim que seus olhos me encontraram, ele já veio me contando tudo o que rolou ontem:
— Jimin pediu um tempo pra Hyein! E leu a carta na fren-te de-la. Te juro! Cê devia ter visto, sério.
Dei uma risada pela animação do Tae, porém, depois de pensar um pouco sobre o assunto, fiquei me sentindo um pouco mal.