Capítulo Catorze: A tempestade sempre chega ao fim e o sol ressurge 🌸

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Domingo, 21 de março de 2021

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Domingo, 21 de março de 2021.

Jiminie passou a última semana fora. Ele saiu da minha casa na manhã do domingo, foi para a sua somente para fazer as malas e ir direto a Busan. A bolsa da sua madrasta estourou e ele queria estar lá para ver sua irmãzinha. Voltou só ontem. Eu fiquei com saudade, claro... E um pouquinho preocupado com ele. Jiminie estava estranho. Sabia que não era por causa da sua irmã ou algo do tipo. Ele estava bastante animado sempre que falava dela, do quão pequena, frágil e linda ela era. Minha mente conturbada me fez acreditar que Jimin não queria mais ficar comigo. Sei lá por quê. Quer dizer... ele estava estranho. Quieto. Não falava muito. Na nossa videochamada da quarta-feira, eu perguntei se tava tudo bem, se tinha algo que ele queria pôr para fora. "Tá tudo bem", foi o que ouvi. Jiminie é a pessoa em quem mais confio no mundo inteiro, mas naquela hora eu sabia que era uma mentira. Não insisti na pergunta porque achei que seria chato. Além disso, ele me conta o que houve quando é algo realmente sério, o que me fez pensar que poderia ser algum probleminha qualquer que seria resolvido facilmente ou algo que eu não poderia ajudar em nada. Ou era sobre mim e ele não queria contar. 

Meus amigos e eu marcamos de sair hoje. Vamos... Ou melhor, eles vão andar de patins, skate e bicicleta na pista de skate da cidade. Eu não tenho nenhuma dessas coisas e muito menos sei andar nelas. 

— Cadê o seu advogado? — Foi a primeira coisa que Tae disse ao chegar, com sua namorada sorridente e já com os patins nos pés ao lado. 

Nem um "oi, virjola, como vai?". Hum. Será que ainda vai me chamar assim quando eu perder a virgindade? Claro que vai.

— Tá vindo. 

A noona cumprimentou eu e o Hoseok, que já estávamos aqui. O hyung estava concentrado, colocando seu capacete, joelheiras e cotoveleiras, mas respondeu alegremente ao oi animado dela. Cumprimentei de volta também. 

— Ué? Por que não foi buscar ele? 

— Ele não quis. Disse que viria sozinho. 

Isso só serviu para alimentar mais a paranoia de que Jimin tinha alguma coisa comigo que eu não sabia o que era. O ocorrido com a minha mãe ainda era recente e... Mesmo que tenha dito várias vezes que nada e ninguém nos separaria, essa crença idiota continuava lá. Acho que acreditava nas suas palavras, só estava deixando o medo falar alto demais. Tinha tanto medo de que ele fosse embora que chegava a ser patético. Também tinha medo de não ser a pessoa dele. De nos tornarmos iguais a Hoseok e Minji: o amor existiu, mas não foi o bastante para a relação se manter. Tinha medo de que eu não fosse um bom namorado. Eu nunca estive num relacionamento e estava bem assustado. Certo, eu gostava dele, ele gostava de mim, era uma relação homossexual, porém, pelo menos pela minha parte, estavamos permitidos a ficar juntos — "mas sem fornicar!", era impossível não ouvi-la ordenando. Tudo parecia tão perfeito que algo me repetia constantemente: "vai dar bosta". Não sei. Acho que me acostumei com tudo desabando ao meu redor.

Com amor, Flor de Cerejeira.Onde histórias criam vida. Descubra agora