CAPÍTULO 7

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Sakura

Ouvia chiados, a claridade quase cegou meus olhos, virei meu rosto para o lado sentindo a tetra amaciar minha face. Meus olhos conseguiram se abrir por completo, e pude então ver Sasuke, ele estava dormindo, alguns fios de seus cabelos caiam sobre seus olhos enquando sua face serena distoava completamente de sua personalidade, era como se nada no mundo pudesse o machucar mesmo em sua mais indefesa forma. Fiquei olhando para ele, o admirando, naquele momento de fragilidade e vulnerabilidade, era como se estivéssemos mais perto um do outro, como se eu sentisse que ele era tão humano e sensível quando eu poderia ser, era um sentimento bom, como ser uma criança amada e pega no colo. Eu virei minha face saindo desses pensamentos, eu levantei meu tronco, ajeito meus cabelos, eu tento me levantar porém com certa dificuldade, o interior de minhas coxas doia um pouco, eu tentei andar até um riacho que ficava próximo, caminhei uma milha até chegar ele, eu me agacho podendo sentir a dor diminuindo, faço uma concha com minhas mãos e pego um pouco de água e o jogo em meu rosto, o som da floresta era tão calmo que fazia sentir que não tinha nenhum perigo que pudesse surgir repentinamente, nem ursos. Me inclino para o riacho, na água vejo a reflexão do meu rosto, por mais incrível que pudesse ser, meu rosto não tinha uma aparência cansada e terrível como costumava ser. Fiquei olhando para meus cabelos, passei meus dedos pela pele a onde Sasuke havia tocado e beijado noite passada, aquele sensação era tão facilmente revivida por mim que parecia que pudesse sentir ainda a doçura e a maciez de seus lábios tocando meus lábios com uma necessidade inumano. Fechei meus olhos, tudo aconteceu tão rápido ontem a noite, eu conseguia reviver tudo porém eu me sentia envergonhada somente de lembrar. Eu pego um pouco de água e limpo meu sexo, estava preocupa com o fato dela não ter sangrado, eu nem sabia muito bem se estava fazendo o certo, meu conhecimento a respeito desse tipo de ação íntima é limitada, porém pelo básico que, ao romper a intimidade de uma mulher, era, ou até mesmo deveria, sangrar, porém o meu não havia nenhum sangramento somente dor e incômodo ao andar, minha caneca se encheu de pensamentos que pareciam pesar minha cabeça como pedras, soltei um suspiro e então me levantei e subi a montanha sentido o mesmo desconforto. Quando cheguei, vi Sasuke sentado em uma pedra, a fogueira estava acessa, e em um galho forte e liso um pássaro morto era assado, fiquei olhando para o animal morto, me sentia tão constrangida com os acontecimentos de ontem que não queria olhar para ele, e por certo momento até pensei que ele sentisse isso, porque parecia que ele não queria olhar para mim, eu me sento em uma pedra um pouco distante dele, até que ele vira seu rosto, sua olhar era o mesmo de antes, mas com certo apreço e sua pupila parecia até mais brilhante entre aquela íris negra;

--- Durmiu bem? --- perguntou me olhando.

Fiquei um tempo sem responder, eu ajeito minhas pernas e coloco minha sobre minhas coxas, eu abaixo a cabeça;

--- Sim... --- em um tom baixo, era nítido meu desconforto e apreensão no meu tom de voz.

--- Entendi --- sua voz era seca no entanto não grossa ou em tom cortante como geralmente era.

Assim que a ave estava pronta, peguei o graveto e com outro consegui retirar a carne e repartir entre nós. O silêncio continou enquando comíamos, as lembranças da noite passada correndo e sempre voltando na minha cabeça, os suspiros, o prazer, o olhar que eu senti flamejante emanando um desejo poderoso sobre meu corpo, sobre meus lábios, sobre meus olhos, sentir ele dentro de mim foi uma das experiências que eu jamais, nem em minha próxima vida poderia imaginar, vendo o efeito que ele possui sobre minha mãe, penso que muitas mulheres dariam de tudo para se deitarem com Sasuke, ele era o a imagem da beleza masculina encubida na forma de um homem perigoso e solitário, caminhando com uma espada afiada com sua presença única, quando mais lembrava e pensava nisso mais vermelha eu ficava.

--- Não precisa me ignorar... --- sua voz parecia meio triste, ergui o olhar até o rosto dele.

--- Desculpa eu... --- antes que eu pudesse dizer algo ele me interrompe.

𝐎 𝐇𝐎́𝐒𝐏𝐄𝐃𝐄 [𝐒𝐀𝐒𝐔𝐒𝐀𝐊𝐔]Onde histórias criam vida. Descubra agora