Lorde Kaedehara é um apelido de fãs ridículo

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— Não faz sentido, você vai ficar esperando o metrô aparecer para você ficar me acompanhando? Virou minha cachorra? — Questionei Kuki Shinobu, estranhado. Certamente já havia um tempo que ela estava comigo, eu acho que em tão pouco caso foi muito aleatório eu virar amigo desta garota. — Além do mais, isso é estranho. — Provoquei-a.

Relutante, a esverdeada retornou seu olhar a mim. — Por que seria estranho? — Questionou de volta, me encarando levemente.

— Ah, porque- — Me interrompi imediatamente, contentando-me. — Essa foi a única pergunta que você ouviu!? — Perguntei incerto, elevando o tom de voz.

— ...Aqui na estação existem lojas que eu nunca encontraria no centro de Tokyo. Gosto de jogar, por exemplo, esses joguinhos de azar que esses velhinhos distribuem. Só aproveitei a situação. — Ela disse apontando com o olhar para as barraquinhas. A estação de metrô é enorme, na verdade, tem de tudo, desde as menores barraquinhas até lojas de bolsas de grife. — Eu jogava muito na minha infância, mas hoje em dia é difícil de achar... — Alegou de modo desdenhoso.

— Eu nem sabia que isso existia, honestamente. — Comentei de modo sincero, levemente desinteressado. — Não pego metrô, a única vez que peguei foi quando eu era menor; e foi na Europa. Acho que vou ter que começar a pegar em breve. — Revirei os olhos só de pensar em pegar metrô toda manhã. Nem toda manhã, o turno começar às sete e termina de madrugada...

— Hm? — Kuki Shinobu arregalou os olhos ao escutar quando eu disse que não pegava metrô. — Ou você é muito rico, ou você nunca andou por Tokyo... — A garota comentou surpresa. — Nunca houve um imprevisto que fosse necessário pegar um metrô? — Questionou, surpresa.

— Não diria que sou rico, não hoje em dia... — Falei desviando o olhar, um pouco envergonhado. Eu não contaria a minha situação pra qualquer um, contaria? — Quando eu era criança, bem... eu morava com minhas mães ainda. Elas me levavam a lugares de primeira classe... — Aleguei enquanto pensava em seguida.

~ flashback. Raiden Kunikuzushi pov's.

Oh mãe, 'manhê- — Eu tentava chamar a atenção da minha mãe, Raiden Ei, a qualquer custo. Ela parecia me ignorar para mostrar para a Shogun as passagens turísticas, e eu as acompanhava.

Yae Miko, ao notar minha tentativa de chamar a atenção de Ei, se abaixou — Quer algo, Kabukimono? — Questionou, emitindo um sorriso sugestivo.

— Eu não... — Agarrei-me no kimono da Yae Miko, estávamos no último andar da torre turística. Como qualquer criança idiota, eu também estava com medo de altura. — Eu não quero ficar aqui... — Falei mordendo a bochecha.

— Não? Depois de subirmos tudo isto? — Ela colocou a mão sobre minha cabeça, totalmente desinteressada. — Nós vamos lanchar ainda, pode aguentar até lá. — Complementou, certamente de modo grosseiro.

Ah, é claro. Voltando ao tópico de criança idiota, é óbvio que eu começaria a chorar. — Ma.. mãe! Eu não quero ficar aqui porque é muito alto, e se eu cair!? — Questionei já lacrimejando.

— Então não olha para baixo. — Yae Miko logo em seguida deu uma olhadinha sobre a diferença de altura para o chão, então soltou um suspiro. — Segure na minha mão, se você continuar hesitando desse jeito vamos nos perder da sua mãe e da Shogun. Que tal? Se perder é muito mais assustador do que ficar no alto! — Ela me agarrou no colo.

— A-acho que sim... — Eu fechei os olhos e somente acompanhava a Yae Miko me carregando. Para mim, era uma das experiências mais assustadoras da minha vida inteira.

Ei, Garçom, Traga o Próximo Copo - KazuScaraOnde histórias criam vida. Descubra agora