Capítulo 18

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Ning Ke se encolheu e deitou-se no chão frio.

Ela adormeceu, então acordou novamente.

Era um dia quente de verão, mas ela não conseguia sentir a temperatura, apenas o frio vindo do chão.

As luzes no teto estavam fracas, era um porão, e dava para sentir o cheiro úmido e mofado da terra abaixo.

Ela tinha sido trancada aqui por alguns dias, e o quarto estava quase vazio. Havia um banheiro no canto, mas não havia comida ali, apenas água corrente no vaso sanitário, para que ela não morresse de sede.

Exceto pelo som ocasional da água vinda dos esgotos, não havia nenhum outro som ali. Tudo estava assustadoramente silencioso. Parecia que ela não estava mais na cidade que lhe era familiar.

Onde era esse lugar? Onde ela estava sendo mantida?

Ning Ke estava tonta, com a boca seca e a garganta queimando de dor. Por mais água fria que ela bebesse, sua condição não melhorava.

Agora ela se arrependia um pouco. No primeiro dia em que foi detida ali, ela gritou por um dia inteiro, pedindo desesperadamente ajuda e batendo desesperadamente na porta. Aqueles gritos não atraíram ninguém, só deixaram sua voz completamente rouca e ela gastou toda sua força física. Possivelmente por causa de uma febre causada pela garganta inflamada, ela estava muito fraca.

Ning Ke se esforçou para se levantar e bebeu um pouco de água, então começou a organizar seus pensamentos. Ela deveria estar trancada ali por três dias. Durante esse período, ninguém apareceu. Seu celular e sua bolsa foram tirados dela, e ela foi trancada no porão. O tempo passou assim.

Ela estava tão faminta... Seu estômago estava sofrendo, e ela sentia que estava prestes a morrer de fome.

O que aconteceu...?

Ning Ke lembrou que, naquele dia, ao sair do trabalho, ela se despediu dos colegas e caminhava na escuridão, preparando-se para pegar o ônibus, quando alguém a abraçou repentinamente por trás e cobriu seu nariz e boca com um pano úmido.

Naquele momento, ela foi pega de surpresa e não conseguiu segurar a respiração a tempo. Ela sentiu um aroma doce vindo do pano. Ela tentou lutar, mas seu corpo amoleceu e sua consciência mergulhou na escuridão.

Ela tinha sido sequestrada...

Mas por que sequestrá-la?

Ela era apenas uma garçonete de uma cafeteria, uma pessoa completamente comum. Seu salário era pequeno e sua família não tinha dinheiro. Ela era pequena e não bonita.

Ning Ke de repente lembrou do que o gerente da loja tinha dito recentemente, mas os funcionários da cafeteria não sabiam as razões específicas, e eles não deram importância ao assunto.

Parece que, recentemente, alguém estava atacando as garçonetes de cafeterias...

Ning Ke tremia com a cabeça apoiada em seus braços. Será que ela poderia ter encontrado essas coisas desafortunadas?

Seus pensamentos estavam tumultuados quando, de repente, ouviu o som de uma fechadura do lado de fora da porta.

Finalmente, alguém chegou.

Ning Ke lutou para se levantar, apoiando o corpo contra a parede e tremendo. Um homem alto entrou pela porta. Através da luz, Ning Ke viu que seu rosto era pálido, as sobrancelhas eram finas e ele tinha um olhar um pouco feminino.

Ning Ke sentiu que já tinha visto esse homem em algum lugar, talvez um cliente da cafeteria, mas não conseguia se lembrar exatamente quando.

O homem caminhou até a luz, e Ning Ke finalmente viu seu rosto claramente, seus olhos se arregalaram de repente, com um pouco de descrença.

NOTAS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL [BL]Onde histórias criam vida. Descubra agora