NOTAS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL [BL]

Capítulo 11

Às 14h30 da tarde, a conversa na cafeteria continuou...

As três visões de Lu Junchi foram revigoradas. Depois de ouvir a descrição de Su Hui, ele não conseguiu responder e abaixou a cabeça pensativo.

Su Hui olhou para Lu Junchi, piscou os olhos e o corrigiu rigorosamente: "Então, Capitão Lu, você usou a palavra errada agora. O assassino é um pervertido, mas ele não é um lunático. Ele sabe muito bem o que está fazendo. Seu pensamento é muito meticuloso e ele é muito bom em se esconder. A razão pela qual você encontrou diferentes vestígios naqueles carros é porque ele transformou essas coisas em mercadorias lucrativas."

"Mercadorias?" Lu Junchi franziu a testa e processou a informação, "Será que Huadu tem uma rede invisível de consumidores especializada em vender essas coisas?"

"Neste mundo, há pessoas que vendem mulheres, crianças, órgãos e até mesmo corpos para vínculos genitais. Em lugares onde as pessoas comuns não prestam atenção, existem coisas sujas demais que ultrapassam os limites. O que não pode ser vendido?" Su Hui pausou e disse: "Enquanto houver demanda, haverá um mercado. Embora seja inimaginável, algumas pessoas gostam dessas coisas e outras as fornecem. Mas esse tipo de hobby também tem certas características. A maioria das pessoas que gostam de mãos raramente gosta de pés. Portanto, esses dois produtos são direcionados a diferentes grupos de clientes."

Lu Junchi reagiu e disse: "Então aqueles carros são..."

Su Hui assentiu: "Algumas pessoas deixaram algumas evidências e vestígios naqueles carros, mas esses vestígios foram deixados pelas pessoas que os compraram, não são os assassinos. O assassino encontrou um problema ao vender esses pedaços, ou seja, seus clientes não tinham um local fixo e seguro para armazenar seus membros residuais, então ele pensou em usar o mercado negro de carros abandonados para resolver as preocupações dos clientes. Isso também os fez se sentirem mais seguros, e o negócio dele ficaria melhor. E as chaves dos carros abandonados podem ter sido compradas por ele de ladrões de carros."

As sobrancelhas de Lu Junchi se franziram ainda mais, mas as palavras de Su Hui explicaram muito bem o estranho estado em que se encontravam.

"Se minha dedução estiver correta..." Su Hui levantou os olhos e olhou para ele lentamente.

Lu Junchi organizou seus pensamentos: "O assassino pode estar vendendo esses pedaços através de uma rede de conexões subterrâneas. Ele vende esses pedaços para pessoas com hobbies especiais e fornece carros abandonados como seus depósitos e playgrounds, explicando as regras e como usá-los."

Su Hui assentiu: "O assassino provavelmente também percebeu o perigo desse método de armazenamento. Ele queria isolar as pistas de seus clientes através de vários carros abandonados. Esse plano quase deu certo."

Se não fosse pelas crianças que quebraram acidentalmente a janela de um dos carros velhos...

Su Hui olhou para ele, ele gostou um pouco de Lu Junchi, sua gentileza lhe dava uma sensação de realização como professor.

Lu Junchi continuou a entender a lógica nas palavras de Su Hui: "Então, o assassino está personalizando de acordo com as necessidades do cliente? Então, por que ele fez isso de novo? É por dinheiro?"

"Não..." A pupila de Su Hui parecia um pouco nebulosa sob a luz do sol, mas estava muito clara. "Você pode perceber pelos detalhes do caso e pelo comportamento do assassino, ele é altamente educado, muito inteligente e tem tempo suficiente. Uma pessoa assim não deveria estar com problemas de dinheiro. Ele pode estar usando isso para entrar em contato com mais monstros como ele e enfraquecer sua culpa."

"Além disso, o assassino também tem coisas de que gosta. Ele gosta de matar. Para assassinos em série, os despojos de guerra podem fazer com que revivam o processo de assassinato repetidamente e satisfazer seu desejo de controle. Ele também deve gostar de acumular coleções, e então ele pensou em vendê-las para obter lucro. No entanto, sua coleção pode ser diferente das preferências dessas pessoas. Você não encontrou o totem dele..."