Lar não tão doce assim ...

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No caminho do aeroporto até sua casa, Park relembrava quando fez o percurso contrário, estava saindo de casa sobre as lágrimas de saudades anticipadas de sua mãe, e uma cara de indiferença do seu pai.

Talvez antes nunca fosse admitir em voz alta, mas o ômega sempre buscou a aprovação, sabia da importância das empresas para o alfa patriarca da família, e assim como seu pai decidiu estudar fora para num futuro provar que seria digno de continuar seu legado ainda que fosse ômega, era o primogênito, e julgando pelo temperamento do seu irmão mais novo, que já despontava como uma alma livre de artista, julgou que era melhor a se fazer.

Não foi obrigado a ir para longe, muito menos teve apoio e louros por isso, mas, se existia uma chance de seu pai ver com competência  pelo menos era começar com uma educação forte, para tirar as dúvidas de si.

Ao chegar em casa, antes do abraço caloroso do pai, recebeu apenas convocação de uma reunião extraordinária da empresa, e durante a mesma pode ver seu pai, o atual presidente, buscando culpados para a falta de sucesso no recente lançamento da farmacêutica; analisando os documentos, constatou que não houve prejuízo financeiro, apenas um grande ferimento no ego do atual CEO, por ser surpreendido pela concorrência, ou como ele se expressou, "por um fedelho omega e ainda por cima um Min"

Após essas palavras Jimin se retirou da sala em silêncio, sem fazer alarde, pegou um carro de aplicativo com o endereço do único que poderia ficar feliz com sua presença, independente de sua classificação.

Chegando no Studio de seu irmão Taehyung, Jimin entrou direto, sabia muito bem a combinação da porta eletrônica, e estava lá, o alfa mais novo com roupas velhas, com pequenas manchas de tinta, o abraçou sem dizer uma palavra pouco se importando com o terno caro que vestia.

O alfa logo percebeu que aquele abraço apertado não era apenas saudade, o cheiro cítrico de tangerina, transmitia insegurança e tristeza, e antes de qualquer coisa levemente permitiu o cheiro amadeirado de carvalho, o envolvessem, enquanto passava suas mãos nas costas de seu irmão mais velho.

- Eu senti tanta falta do meu hyung! Estou tão feliz que parece um sonho - o mais novo começou, tentando chamar atenção do irmão.

- Tae! Eu também...- afastou para ver o rosto do seu irmão.

- Me desculpe, eu não imagino pelo que você passou nesses anos, eu achei que se mostrasse minha capacidade, essa besteira de classificação seria esquecido pelo nosso pai, o que ele deve ter feito a você. - o mais velho com algumas horas sentiu o peso das palavras do patriarca,e o conhecendo, sabia que seu irmão estave sozinho escutando todo tipo de barbaridade, sem ele por perto para defender.

- Já passou, eu acreditei em você! E acredito! Olha só, agora de verdade você é o mais capacitado pra isso, vai assumir a sucessão, fazer o que ama, e me apoiar como sempre fez, eu tenho muito orgulho de quem você é hyung.

Depois de um tempo conversando sobre os anos que não se viram, foram a um café no caminho pra casa, onde Jimin não resistiu e pediu café com chocolate para estranheza do mais novo que preferiu não comentar. Afinal Jimin sempre preferiu chás ao líquido superestimado, mas preferiu não comentar, já que ambos haviam mudado no decorrer dos anos.

Jimin sabia que seus pais eram de uma geração antiga, onde ômegas eram educados somente para gerar e criar filhotes, não conseguia culpar seu pai por ser uma pessoa retrógrada, ainda que as palavras o machucassem, acreditava que o patriarca fazia o seu melhor, e nenhum argumento seria mais eficaz que números e resultados.

Por isso, nas semanas seguintes se propôs a trabalhar na empresa, já tinha um plano para conhecer de fatos todos os setores e assim ver de perto, o que deixou o Sr. Park satisfeito por hora, mas com algumas preocupações.

É... Complicado!    #Yoonmin#Onde histórias criam vida. Descubra agora